quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

É um homem? É um padre? É o nosso santo vivo!

Fonte: mídias digitais

 De tempos em tempos lemos notícias sobre o pároco do #Povo da Rus, #PadreJúlioLancellotti.

Um homem santo, que coleciona prêmios e títulos pelo seu trabalho vocacional em prol do povo oprimido, mas também desafetos.

A novidade da vez, estarrecedora, foi a determinação de Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo,  para que o titular da Paróquia São Miguel Arcanjo interrompa o seu trabalho nas mídias digitais, incluindo a transmissão ao vivo da missa de domingo, celebrada na Capela São Judas Tadeu.

É para o bem dele.

D. Odilo Scherer

Por que a #ArquidiocesedeSãoPaulo quer calar a voz do seu religioso mais fervoroso?


Sempre respeitoso, e acatando as determinações da Igreja Católica do Brasil, Padre Júlio foi gentil ao afirmar aos fieis, em plena celebração da missa (14/12): 

Recebo a noticia com resiliência e obediência.

Dias depois, durante entrevista, reafirmou:

D. Odilo me pediu para dar um tempo. Ele acha que é uma forma de recolhimento e proteção.

Mas, qual é o lugar do Padre Júlio?

É no meio de nós.



A reação dos fieis, seguidores e movimentos sociais

Foi lançada uma bomba, afinal, a censura nunca deve ser permitida. 

As mídias digitais, os portais e a imprensa hegemônica e alternativa repercutiram a notícia. A militância reagiu convocando os solidários ao #PadreJúlioLancellotti a se mobilizarem tanto presencialmente quanto virtualmente. 

Se o homem santo não pode falar, todos, todas e todes falam por ele e reverberam a sua voz.

A Arquidiocese não se justifica, manda.

Eu pergunto: 

se o padre Júlio corre risco, por que não denunciar publicamente a ameaça sofrida? 

Padre Júlio é figura pública e cercear direitos não é a melhor forma de proteção. 

Afinal, vivemos tempos de inquisição.

O que teme a Igreja de São Paulo?

Teria D. Odilo se esquecido do telefonema feito pelo  #PapaFrancisco ao Padre Júlio  em plena #pandemia da #Covid, pedindo para ele não esmorecer? O que mudou na Igreja Católica de São Paulo desde então?


A Via Amorosa

Quem conhece a região onde está localizada a #ParóquiaSãoMiguelArcanjo, localizada na Rua Taquari, no bairro da Mooca, em São Paulo,  certamente já presenciou uma entre as inúmeras ações do Padre Júlio. 

O páraco dos fracos e humilhados criou uma espécie de quadrilátero expandido do Bem, através de obras sociais. Centros de acolhimento não apenas aos pobres, mas também aos fieis que buscam amparo emocional.

Tem um pouco de tudo: centro de orações, estudos da Bíblia, cursos de capacitação profissional, farmácia natural, brechó, biblioteca, venda de produtos feitos pelos alunos com verba revertida aos necessitados, a padaria do povo.

Da distribuição de café da manhã, que incomoda muita gente, Padre Júlio multiplicou as ações.

A própria paróquia está sendo reconstruída

A obra de Padre Júlio deveria ser multiplicada Brasil afora, Dom Odilo, nunca questionada.


Diversidade e equidade

O nosso santo vivo abriu as portas da sua paróquia para todos, todas, todes e nos ensinou que leituras enviesadas da palavra de Deus é pretexto. Afinal, o contexto da #BíbliaSagrada tem de ser revisto e atualizado.

O que mais incomoda a Igreja tradicional?

Os pobres? A audiência #lgbtqiapn+? A militância?

Seria o amor que o Padre Júlio plantou e conquistou?

Amor pelos excluídos, pelos que estão à margem, mas também pelos injustiçados.

Padre Júlio é um oásis reflexivo numa cidade excludente como #SãoPaulo.

Lembro que Padre Júlio ordenou-se na maturidade, é professor aposentado, tem renda e casa própria e não depende do orçamento da Igreja para sobreviver. Poderia se rebelar, deixar o sacerdócio que continuaria amado e teria mais liberdade de ação. Mas, ele é um homem de fé, que escolhe os próprios caminhos e responde ao ódio com amor.


O padre das causas impossíveis

Padre Júlio transforma dor em amor. Simples assim.

Eu tive a honra de conhecer Padre Júlio no início da década de 1990. à época, a luta era pelos direitos dos pacientes vitimados pela Aids, sobretudo as crianças. Tive o privilégio de conhecer a #CasaVida e entrevistá-lo algumas vezes. Mas, a minha admiração é pelo ser humano, não ídolo. Pelo homem de ação que não espera, mas materializa milagres da multiplicação do pão e afeto.

Padre Júlio bebeu da fonte mais amorosa da Igreja Católica,

Ele absorve as dores do mundo com fé e fervor.

Onde houver ódio, padre Júlio gera amor.


Seguir a Jesus é a liberdade de vida, de expressão e de humanização da vida.

A religião é sempre um instrumento, nunca um fim em si mesmo. Um instrumento que pode humanizar e também desumanizar. Seguir a Jesus é a liberdade de vida, de expressão e de humanização da vida. Jesus, Maria e José, hoje, estão pelas estradas do mundo.


Padre Júlio Lancellotti


Não podemos prescindir das palavras, benções e ensinamentos do Padre Júlio, principalmente neste #TempoddoAdvento.


Compartilho abaixo uma entrevista que fiz com Padre Júlio quando era editora da Revista Nova Família, reproduzida pelo portal #BemBlogado que, acredito, resume um pouco sobre as relações humanas e opinião do religioso:


https://bemblogado.com.br/site/e-preciso-ter-forca-e-coragem/



Visite o site OArcanjo.Net e conheça mais sobre a paróquia e o seu pároco:





É um homem? É um padre? É o nosso santo vivo!

Fonte: mídias digitais  De tempos em tempos lemos notícias sobre o pároco do #Povo da Rus, #PadreJúlioLancellotti. Um homem santo, que colec...