terça-feira, 25 de abril de 2023

Chico Buarque de Hollanda - Camões o reverenciaria se estivesse vivo

Foto: Agência Brasil

Tanto se falou na repercussão sobre o Prêmio Camões, entregue com um atraso de quatro anos...

Quando a História que nos redime, em tempo hábil, e ainda garante maior importância ao fato.  

Cada palavra proferida, 

a emoção nada contida, 

e os acordes nos finalmentes. 

Quando tudo fazia sentido, dava significado à cerimônia. Ao fato concretizado. 

Ao talento imortalizado.

O prêmio, simbolicamente e materialmente, é tão grande quanto as assinaturas e o papel que o legitimou. Difícil de manusear pela flexibilidade e tamanho.

Nada Chico, tão Chico!

Sorvi cada instante, ao vivo, pela web. Minha boca cantando Chico, e olhos marejando tal água salgada de tanto mar... 

tanta dor... 

tanto amar...

A obra de Francisco me fez navegar com o marinheiro das ondas de sons e palavras que, reverberando, me contaram a história do meu país e do meu povo. Até por Portugal, graças a Chico, ganhei um certo encanto...

Nunca é o mesmo ri(s)o a passar, não é mesmo?

Em verso, prova, romance e verdade, o Brasil feminino, malandro, amoroso, herói e bandido.

Por tudo isso, decidi escrever sobre a obra de Chico Buarque de Hollanda e o prêmio entregue. 

Porque é preciso falar sobre Chico. 

Botar aquele som na vitrola:

Cantar Chico.

E, sempre ler e reler Chico.

Há dias canto incessante Duro na Queda e Mambembe:

"O sol ensolarará a estrada..." 

Chico é sol.

"Mambembe, cigano, debaixo da ponte, cantando..."

Chico é farol.

De certo modo, caminho por alguns caminhos - literal e figurativamente - por onde ele passou....

Você sabe tanto de mim, 

Chico, meu gur (u)i!



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