Foto: Agência Brasil |
Tanto se falou na repercussão sobre o Prêmio Camões, entregue com um atraso de quatro anos...
Quando a História que nos redime, em tempo hábil, e ainda garante maior importância ao fato.
Cada palavra proferida,
a emoção nada contida,
e os acordes nos finalmentes.
Quando tudo fazia sentido, dava significado à cerimônia. Ao fato concretizado.
Ao talento imortalizado.
O prêmio, simbolicamente e materialmente, é tão grande quanto as assinaturas e o papel que o legitimou. Difícil de manusear pela flexibilidade e tamanho.
Nada Chico, tão Chico!
Sorvi cada instante, ao vivo, pela web. Minha boca cantando Chico, e olhos marejando tal água salgada de tanto mar...
tanta dor...
tanto amar...
A obra de Francisco me fez navegar com o marinheiro das ondas de sons e palavras que, reverberando, me contaram a história do meu país e do meu povo. Até por Portugal, graças a Chico, ganhei um certo encanto...
Nunca é o mesmo ri(s)o a passar, não é mesmo?
Em verso, prova, romance e verdade, o Brasil feminino, malandro, amoroso, herói e bandido.
Por tudo isso, decidi escrever sobre a obra de Chico Buarque de Hollanda e o prêmio entregue.
Porque é preciso falar sobre Chico.
Botar aquele som na vitrola:
Cantar Chico.
E, sempre ler e reler Chico.
Há dias canto incessante Duro na Queda e Mambembe:
"O sol ensolarará a estrada..."
Chico é sol.
"Mambembe, cigano, debaixo da ponte, cantando..."
Chico é farol.
De certo modo, caminho por alguns caminhos - literal e figurativamente - por onde ele passou....
Você sabe tanto de mim,
Chico, meu gur (u)i!
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