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Foto: Adriana do Amaral |
O maior desafio será comunicacional e comportamental para reverter o discurso
neoliberal, capacitista e meritocrático promovido pelo governo anterior
Quem conhece a trajetória do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, sabe da tradição anual: em dezembro ele se encontra com
as pessoas em situação de rua, em São Paulo, para um café da manhã. Lula nunca
fez propaganda disso.
Este ano, onze
meses após assumir o seu terceiro mandato, Lula recebeu os movimentos populares
na capital federal, em Brasília, para anunciar, talvez, o mais ousado dentre os
seus projetos políticos, o “Plano Nacional Ruas Visíveis”.
Política pública que
pretende beneficiar os moradores de rua garantindo casa e todos os demais
direitos, visando gerar autonomia. O desafio será tirar mais de 220 mil pessoas
da invisibilidade e da vulnerabilidade social extrema.
No mesmo dia, foi regulamentada a Lei Federal Padre Júlio
Lancellotti, que proíbe a chamada “arquitetura hostil” em todo o território
nacional. A lei homenageia o padre católico, Pároco do Povo da Rua, conhecido
como o defensor dos “pequenos, fracos e humildes” e que difundiu em território
nacional, com as próprias ações rotineiras, o conceito de aporofobia e
pobrefobia.
A Lei Federal No 14.489/2022
foi criada para proteger os sem teto das cidades hostis, que têm como prática
colocar objetos pontiagudos, barreiras físicas e até gotejamento para impedir
que eles descansem tanto nas vias públicas como embaixo de marquises, pontes e
viadutos.
Lula, que preferiu o improviso, abrindo mão do discurso
oficial, contou que sua mãe, Dona Lindú, recebia na mesa de casa as pessoas que
pediam comida ou esmolas.
Salientou que 11 ministérios trabalharão juntos para
garantir a boa aplicação do recurso estimado, de R$1 bilhão.
O Plano inclui
casa para todos, educação, saúde, acolhimento e trabalho. Ponderou, contudo, a
sua maior inquietação: o poder da palavra.
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Imagem: reprodução web
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"Como a gente faz para convencer a sociedade para
assegurar o compromisso à vida?” sinalizando sua preocupação com o discurso construído ao longo dos últimos seis anos, que defende a punição dos cidadãos
sem direitos, alicerçado pela meritocracia.
Temos de convencer as pessoas a
serem mais humanas, fraternas e solidárias.”
O presidente deixou claro suas preocupações, inclusive
afirmando saber que “não dá para achar que os prefeitos (autoridades
municipais) vão cuidar disso”.
Pediu para os movimentos populares denunciarem o
não cumprimento da lei e colocou à disposição um canal telefônico de denúncia,
o Disque 100.
Baseado na campanha #HouseFirst,
Moradia Primeiro, Lula argumentou que
“nada é mais degradante do que não ter onde morar”.
Ponderou, sobretudo, como
isto afeta as mulheres e as mães.
Foi categórico ao afirmar que a
responsabilidade e culpa pela grave situação vivida por parte dos brasileiros é
do Estado.
Em uma década, a população em situação de rua cresceu exponencialmente
no Brasil e, de acordo com o Instituto de
Pesquisa Econômica Aplicada aumentou de 21.934 em 2003 para 227.087 pessoas
em 2023.
De acordo com o Ministro Silvio Almeida, um grupo diverso em sua
complexidade, incluindo as diferentes etnias, origens, identidade de gênero,
trabalhadores, pessoas com deficiência, em situação de drogas, álcool e
patologias diversas, idosos e crianças.
Um a cada cinco deles são estrangeiros,
num país de fronteiras abertas e direitos garantidos à população migrante.
Durante a pandemia da Covid-19 São Paulo viveu uma aumento do Povo da Rua,
em decorrência do desemprego e despejos, quando famílias inteiras foram viver
nas ruas, mas logo depois a exclusão social chegou às demais capitais e cidades
brasileiras.
Durante a pandemia, um homem adulto foi encontrado morto de pé,
encostado numa parece, depois de ter sido proibido de se deitar ou sentar.
A sociedade distópica culpa as vítimas e se isenta da
responsabilidade.
É contra isso que o presidente Lula terá que lutar para
resgatar a dignidade na vida desses brasileiros.
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Foto: Adriana do Amaral |
Brasil asume el protagonismo lanzando la política de emancipación social un dia despues de los 75 años de la Declaración de los Derechos Humanos.
El mayor desafio será comunicacional y comportamental para invertir el discurso neoliberal, capacitista y meritocrático promovido por el gobierno anterior
Quien conoce la trayectória del presidente de Brasil, Luis
Inácio Lula da Silva, sabe de la tradición anual: en diciembre el se encuentra con
las personas en situación de calle, en São Paulo, para un desayuno. Lula nunca
ha hecho propaganda de esto.
Este año, onze
meses despues de asumir su tercer mandato,
Lula recibio a los movimientos populares en la capital federal, en Brasília,
para anunciar, talvez, el mas osado entre sus projectos políticos, el “Plan Nacional calles Visibles”.
Política
pública que pretende beneficiar a los vivientes de las calles garantizando casa
y todos los demas derechos, visando generar autonomia.
El desafio será sacar mas
de 220 mil personas de la invisibilidad y
de la vulnerabilidad social extrema.
En el mismo día, fué regulamentada la Lei Federal Padre
Júlio Lancellotti, que prohibe la llamada “arquitetura hostil” en todo el
território nacional.
La lei le hace homenage a el padre católico, Pároco de la gente de
la calle , población conocida como el
defensordoe los “pequeños, fragiles y
humildes” y que se há difundido en território nacional, con las própias acciones
rutineras, el concepto de aporofobia. Lulay pobrefobia.
La Lei Federal en 14.489/2022 fué creada para
proteger los sin techo en las ciudades hostiles,
que tienen como práctica colocar objetos puntiagudos, barreras físicas y hasta gotejamiento
para impedir que ellos descansen tanto en las vias públicas como debajo de
marquises, puentes y viaductos.
Lula, que preferió el improviso, abriendo mano del
discurso oficial, contou que su madre. Dona Lindú, recibia en la mesa de casa a las personas que pedian comida o limosnas.
Saliento que 11 ministérios trabajaran juntos para garantizar la buena aplicación del
recurso estimado, de R$1 billon.
El Plan incluye casa para todos, educación, salud,
acojida y trabajo. Pondero, com todo, su mayor inquietacion: el poder de la palabra.
Como haremos faz para convencer a la
sociedad para asegurar el compromiso com la vida?” señalan do su preocupación com el discurso construído al largo de los ultimos seis años, que defiende
la punición de los ciudadanos sin
derechos, alicerzado por la meritocracia.
“Tenemos de convencer a las personas a ser mas humanas, fraternas solidárias.”
El presidente deja claro sus preocupaciones humanas,
inclusive afirmando saber que “no se puede pensar que los
alcaldes (autoridades municipales) van a cuidar de este tema”.
Pidió para que los
movimietos populares denuncien cuando no
se cumpla esta lei y coloco à disposición um canal telefônico de denúncia, el Disque
100.
Baseado en la campaña #HouseFirst, vivienda Primero, Lula argumento que “nada es mas degradante de
que tener donde vivir”. Pondero, sobretodo, como esto afecta a mujere y madres.
Foi categórico al afirmar que la responsabilidad y culpa por la grave situación
vivida por parte de los brasileños es del Estado.
En una década,la población em situación de calle cresció exponencialmente
em Brasil y, de acuerdo con el instituto
de Pesquisa Econômica Aplicada aumento de 21.934 en 2003 para 227.087 personas
en 2023.
De acuerdo con el Ministro Silvio Almeida, un grupo diverso en su complejidad
incluyendo las diferentes etnias, origenes, identidad de gênero, trabajadores,
personas con deficiência, en situación de drogas, álcohol y patologias
diversas, viejos y niños.
Uno a cada cinco de ellos son estrangeros, em um país
de fronteras abiertas y derechos garantizados a la poblacion migrante.
Durante la pandemia de Covid-19 São Paulo vivio un aumento del pueblo de
calle, en decorrência del desempleo y despejos,cuando
famílias enteras fueron a vivir en las calles, mas luego despues la exclusion
social llegó a las demas capitales y ciudades brasileñas.
Durante la pandemia, um
hombre adulto fué encontrado muerto de pié, afirmado en una pared, despues de haber sido prohibido
de acostarse o sentarse.
La sociedad distópica culpa a las víctimas y se isenta de
la responsabilidad. es contra esto que el presidente Lula tendrá que luchar
para rescatar la dignididad en la vida de estos brasileños.
(versão para o espanhol: Clara Eugênia San Martin)