segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Sobre gírias, cadeiradas, masculinidades tóxicas



Imagens: reprodução web

Vergonha é o que eu sinto.

Confesso que não assisti ao debate realizado na #TVCultura, no domingo (16 de setembro).

Não tive vontade, porque não esperava uma conversa dialógica e emancipadora como deveria ser...


Lembro-me de cobrir debates históricos, como jornalista, nos tempos da #TVBandeirantes, quando os candidatos queriam falar ao eleitor, e não impulsionar likes nas mídias digitais.

Mas, também, dos cortes intencionais da #TVGlobo,que interferiram no resultado de eleições passadas.


Programas que promovem tudo menos propostas

A história da tal cadeirada está dando "pano para manga", numa lavagem de roupa suja que afunda a sociedade brasileira, sobretudo o eleitor de #SãoPaulo, no lodo da imundície. 


#Datena, como homem da comunicação, deveria saber que seria provocado, e assim, não acredito que a violência explicitada com a sua agressão tenha sido apenas resultado da impulsividade.

#Marçal estava de tocaia e, ao usar a gíria bandida para nomear estuprador, quando na verdade poderia recorrer às denúncias públicas de assediador, esperava uma reação irada do rival.

#Nunes beneficiou-se da edição das imagens, que o coloca como bom moço, mas na verdade é protegido pelo governador #tarsíciodefreitas, que seja com o seu projeto de desmonte da emissora pública, com perseguição aos jornalistas da casa, que tem sido demitidos, sob o silêncio de muitos colegas (da emissora e bancada do #RodaViva).

#Boulos é o meu candidato confesso a prefeito, ainda estou tentando processar como o caos do debate irá atingí-lo.

Lamento, sobretudo, a falta de projeção das candidatas, que representam o gênero quando os machos alfa falam das violências contra as mulheres, mas são apagadas no cenário político, isso quando não ameaçadas de todas as formas possíveis.

O mediador, o jornalista #LeãoServa já teve o seu momento de arremessador de objetos, num cenário parecido, no passado nem tão distante assim...


Perdemos todos, nós os eleitores

Há dias das eleições, que deve continuar no segundo turno, na capital paulista, vivemos um momento de indefinição, novamente dual do Bem contra o Mal, da esquerda contra a direita, do coletivo contra o individualismo.

Quanto tempo perdemos!

As próximas eleições têm tudo para se tornar um espetáculo de "show de horrores", e temos de correr atrás e recuperar cada minuto perdido,

Como?

A velha e boa abordagem corpo-a-corpo.

De eleitor para eleitor:

precisamos falar do Brasil que arde em chamas, 

que beira à porta do inferno.


#eleições2024 

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