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O tão comentado discurso do maior revolucionário vivo da história da América Latina, Pepe Mujica, pareceu um discurso de despedida.
Mas, foi um discurso de esperança!
O testemunho de um político que se despede dos eleitores, mas não se isenta de declarar o seu apoio àqueles em quem acredita.
Mujica falou aos militantes do #Uruguai, mas foi ouvido em toda a América Latina.
De certa forma, lançou um desafio e endossou a capacidade dos mais jovens em assumir o seu legado.
Pepe é um homem extraordinário!
Ele começou a sua fala agradecendo.
Primeiro a duas mulheres: sua esposa e a sua médica, pela vida toda e ao tempo que lhe resta.
Foi o líder inspirador de sempre.
Filosofou, poetizou, sem admitir tê-lo feito.
As frases ditas foram tão impactantes que ainda reverberam na minha mente
Ao assumiu a sua velhice, a sua doença, deixou transparecer a plenitude do seu espírito jovem.
Declarou-se próximo à morte, mas testemunhou a própria esperança:
"quando os meus braços se forem haverão milhares de braços substituindo a luta."
Sábio, aconselhou que os melhores dirigentes são aqueles que garantem que outros lideres os superem,
Instigou os presentes - e a todos, todas, todes nós, com um pouquinho de espírito contestador- a acreditar, e se posicionar.
"os mais jovens vão viver uma mudança que a humanidade desconhece: a inteligência vai ser tão importante quanto o capital,"
Um homem que não deixou a noite de doze anos deter os seus sonhos.
Um homem que ousou mudar o mundo sem mudar a si próprio.
Mujica acredita na educação.
Na relevância da educação.
Na transformação social gerada pela educação.
Pepe disse "não ao ódio" e se despediu com um até sempre.
Por ser passado, pelo seu testemunho, pela sua história de resistência, pelo seu presente, Mujica é semente.
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