quinta-feira, 5 de junho de 2025

Brasília, o descobrimento do novo e o encobrimento do velho


Fotos da autora

Tive o prazer de visitar #Brasília em tempos democracia: gostei e ao mesmo tempo desgostei do que vi. 

A capital federal privilegia o belo, a arquitetura, a história recente, mas parece ignorar o povo, atual e ancestral.

Sou pedestre, o que na #capitalfederal é ser resistência.

Não há espaço para quem anda com as próprias pernas pela cidade.

Andar a pé é correr risco de ser atropelado, e morto.

São pouquíssimos os acessos para quem caminha, mesmo na regiões hoteleira e de poder. 

Atravessar uma avenida é como que adentrar na selva, onde o bicho homem em seus carros não desviam de seus caminhos. Aliás, até os motoristas que desconhecem o local se confundem nas "pistas londrinas" e sinuosidade dos contornos.

Pedir informação em Brasília, então, é outro desafio. 

Resta-nos recorrer aos trabalhadores, os candangos modernos em serviço, a nos guiar com boa vontade. Nem sempre podemos contar com os servidores públicos:

Daqui "descrachado" não entra. Remete-me à música de #GIlbertoGil.


Universidade de Brasília e a valorização do serrado

Talvez, a UnB seja o local mais diverso da cidade. Lá as "tribos" se encontram em terras ocupadas, originárias dos povos indígenas que habitaram o lugar.

Imagino se o presidente #Juscelinokubitschek tivesse vivido hoje, como a cidade seria diferente.

Prefiro pensar que ele teria respeitado os nossos ancestrais!

Na universidade, vemos os diferentes biomas, o cerrado é estudado cientificamente e os jardins nos ensinam a respeitar o tempo da natureza:





Naquele campus, testemunhei manifestações, liberdade de expressão e espaços para praticar a economia informal e a arte.

Mas, no passado recente não era bem assim, por isso temos de valorizar cada conquista e direito mantido.



Memorial JK x Memorial dos Povos Indígenas



Impossível não se emocionar com a figura de JK imersa às nuvens e com a frase visionária:


Tive a glória  mais alta que um homem poderia ambicionar a de ter construído a capital de seu país.


Juscelino Kubitschek foi um homem que sonhou, articulou e realizou. 

Passear pelo Memorial é interessante, também porque é um lugar lindo onde os trabalhadores fazem toda a diferença na arte de receber os convidados. Inclusive, com o mesmo ingresso R$5 (em dinheiro), pois não se aceita cartão ou PIX,  podemos atravessar do outro lado e voltar, pisando no gravado e desviando de automóveis, visitar o Memorial dos Povos Indígenas, que tem acesso gratuito. 

Aí começa o impasse.

Falta manutenção no espaço, e percebemos isso logo na fachada: pintura descascada e outros pequenos problemas. 

É contrastante  a diferença de estrutura, sobretudo quando queremos levar uma lembrança para casa; o indígena nos oferece arte originária, num espaço improvisado, enquanto no Memorial JK temos vitrines que nos convidam ao consumo.

Parece, dois Brasis distintos...

São.







Um espaço onde os povos indígenas, originários, são celebrados.

Um convite à preservação.






















Terra Brasilis


Se,  JK disse, um dia:


Tudo se transforma em Alvorada nesta cidade que se abre para o Amanhã... 




Aprendi, no Memorial dos Povos Indígenas, que no Brasil vivem 305 povos indígenas, são faladas 274 línguas indígenas e que pelo menos uma pessoa indígena vive em 86,7 % dos municípios brasileiros.




É urgente que os espaços de poder entendam que não haverá amanhã sem preservação:

Afinal, a maior riqueza do Brasil é a sua natureza, o meio ambiente, sua cultura e as pessoas que vivem aqui. Indígenas, quilombolas, brasileiros e migrantes.









#VivaospovosquevivemnoBrasil
#Diainternacionaldomeioambietne
#NãoaoPLdadevastação

segunda-feira, 19 de maio de 2025

Deixa a primeira dama Janjar em paz 2



Imagens: Reprodução Instagram

Eu já escrevi aqui e repito: 

#Janja tem todo o meu apoio.

Não a conheço pessoalmente, não sou amiga dela, mas faço minha a voz da "primeira dama".

Orgulho-me do engajamento da Janja, do fato de ela nos representar, as mulheres conscientes do momento e desafios vividos. 

Ela está sempre na vanguarda dos debates sociais e, como poucas pessoas, aproveita todos os momentos para desvelar os assuntos da vez, sejam temas polêmicos ou não.

A mídia hegemônica parece ter uma fixação pela Janja, e as notícias quase sempre são negativas.

Chega a ser explícito o machismo e a violência política. 

Mas, Janja segue em frente... 

Ainda bem.



Oposição a #Lula?



Em certa medida, o noticiário anti-Janja parece querer atingir o presidente do Brasil.

No noticiário, Janja incomoda (?) os afetos e desafetos de seu companheiro.

Há muita desinformação envolvendo Janja, mas sobretudo muitos argumentos vis, fofocas, manchetes e conteúdos tendenciosos.

Mesmo com tantas boas notícias -politica, social e economicamente falando-, há sempre o recorte do que os tais formadores de opinião consideram ser ruins.

Sempre um "deslize", uma "gafe", uma "teoria da conspiração".

Até o guarda-roupa de Janja, que valoriza o nacional, é questionado.

Enquanto isso, aquele que não deve ser nomeado, o ex-presidente impedido, investigado, tem lugar cativo no noticiário parcial, assim como a ex-primeira dama, apesar de tantos escândalos e investigações que são minimizadas.


Os temas são polêmicos, não Janja

Imagens: reprodução Instagram

Aos que insistem em dizer que a primeira dama tem de entrar quieta e sair calada dos eventos, eu orgulho-me da postura de Janja, que aproveita os cenários para mostrar que, no Brasil, nós, mulheres, estamos nos posicionando, nos organizando e não admitimos mordaças.

Sim, é preciso falar da situação das mulheres, das meninas, das crianças, das idosas, das migrantes, da violência contra nós, seja física, administrativa, institucional, social, cultural.

Mais do que nunca, é preciso defender a regulamentação das plataformas; 

Lula, felizmente, valoriza a sua esposa, que, sim, como primeira dama do tempo presente, tem um papel fundamental para ecoar as lutas feministas.

Eu, particularmente, gosto muito de ver a demonstração de carinho entre o casal, que mostra um certo jeito latino para o mundo ver.

Também, que o amor não tem limites, nem fronteiras, nem etarismo que limite.


Militância de Janja

A nossa primeira dama tem a coragem de poucas, e sabe se colocar no mundo como uma ativista das causas urgentes.

É surpreendente como ela é um farol:

Sempre oportuna, sempre pontual.





A coragem e o afeto caminham de mãos dadas. Juntas, lembraremos umas às outras, quantas vezes for preciso, que a luta só vale a pena quando é coletiva.".

Janja







Primeira dama que representa a mulher brasileira consciente, que reconhece o seu papel no governo,

e luta incansavelmente.

Sem mordaça, Janja não teme as critica e segue em frente.

Atravessa, Janja!

"Here, there and everywere.".

Aqui, lá, em todos os lugares.

terça-feira, 13 de maio de 2025

Quando parte um herói

 

arte: @lluviadibuja

#PepeMujica partiu. 

Ele foi se despedindo aos poucos, nos preparando... 

É como se ele sinalizasse: estou indo, a morte é o caminho natural para aqueles que viveram como eu, envelhecendo no corpo, porém repleto de sonhos de justiça, tal um jovem.

Pepe Mujica nos deixou na terça-feira, 13 de maio, aos 89 anos.

Doente, mas pleno. Consciente de sua trajetória de vida, fiel aos seus ideais e ações vida afora. Pleno em sua capacidade de amar sua companheira, os camaradas espalhados pelo mundo, o povo.


Foi muito cedo

Chorei, verti lágrimas, me descontrolei.

Por que os homens bons têm de morrer?, egoisticamente eu questiono.

Pepe Mujica disse que estava cansado, suas células doentes o faziam sofrer. 

Pediu que o deixássemos ir.


Mas Pepe é imortal

É como se ele fosse próximo de mim, ele é; é como se ele vivesse perto de mim, ele vive; é como se ele me conhecesse, mas não.

Bastava a mim saber quem ele é.

Sim, no tempo presente.


Inspiração

Pepe é eterno, e me conduzirá pelos atravessamentos da minha vida.

Repito as palavras de Pepe Mujica:

Mesmo um guerrilheiro precisa de lazer.


" A vida não é só trabalhar ... ser livre é fazer o que se gosta...  "


E do que Pepe Mujica gostava? 


De construir um mundo melhor.

Ele nos ensinou que sonhar é realizar.

E dançou a beleza da vida


O sorriso de Pepe Mujica 

escondia todas as dores que ele viveu, ou será o contrário? As dores que Pepe Mujica resistiu forjaram a sua alegria de viver?

Chorando, vertendo lágrimas, me despeço de um homem bom.

Minha referência, um exemplo a seguir.

Até sempre, companheiro.


Nota da autora:

 este texto não tem nenhuma pretensão a não ser testemunhar o meu amor por Pepe Mujica.

Precisei escrever para parar de chorar.


terça-feira, 22 de abril de 2025

Moinho de sonhos e sobrevivência e resistência e desistências

 

Fotos: GazetaViews

 

Lembro-me das várias visitas à #FaveladoMoinho, anos atrás, em épocas de ações sindicais, quando pretendíamos conhecer, incluir, promover pelo trabalho e informação.

A liderança havia sido avisada, fomos caminhando, e recebidas no centro de convivência.

Foram vários encontros: com a advogada, debatendo direitos; com palestrantes, mobilizando para a promoção da saúde; com professores, educando pela arte; de festividades, celebrando mais um final de ano...

Naquele lugar, vi de perto as mazelas humanas, gente vivendo com restos, moradias sem estrutura, mas também muito amor e respeito.

Havia, sim, inúmeros problemas: com drogas, com lideranças, familiares como em qualquer família.

Mas também soluções.

Em cada rosto, dignidade.

Brasileiros tentando resistir, viver, sonhar.

Recordo-me especialmente das linhas coloridas da dinâmica realizada, dos olhos das matriarcas ao nos questionarem.

Os problemas do dia-a-dia, como comida, roupa, violência eram minimizados, afinal, todos estão no mesmo barco, embora em embarcações bem diferentes, não é mesmo?

Naquele lugar, havia tolerância religiosa, e solidariedade.

Muitas pessoas de fora tentando ajudar os de dentro.

Os que participavam das atividades eram gentis com os convidados, ou que não se integravam olhavam desconfiados.

Um dia, uma fumaça: o barraco da dona fulana queimou: alguém esqueceu a penela no fogo. Graças a Deus, ninguém se feriu.

Na Favela do Moinho havia certa ordem, disciplina.

De quando em quando a polícia invadia o lugar, constrangendo, prendendo, julgando com olhos preconceituosos.

Muitos dentre os moradores, principalmente as mulheres e crianças, participam da vida do bairro, frequentam as escolas, as instituições, recebem benefícios. 

Os que conseguem emprego, trabalhavam.

Os adolescentes têm oportunidades, alguns deles sucumbem aos desejos e presentes.

A vida sempre segue um rumo incerto para os moradores do lugar.


Os homens mandou derrubar

A última favela do centro da cidade resistia à especulação imobiliária, ao racismo geográfico, ao abandono do poder público municipal, à violência institucional.

Mais de 800 famílias vivem num espaço que, curiosamente, está localizado nos Campos Elísios, um bairro nobre da São Paulo antiga. 

Famílias que estão sendo coagidas a se mudarem.

O governo do Estado diz que pretende construir um parque no lugar.

Prefeito e governador vão ajudar, com R$ 800 pra auxílio aluguel e outro tanto para custear a mudança:

quem mora na cidade de São Paulo sabe que uma família não consegue alugar um quarto em cortiço por este valor. 

Além disso, onde conseguir emprego, mesmo biscate, longe do centro de São Paulo? E a transferência dos estudantes?  E a creche para as crianças?

Bem ou mal, na região central dá para ir e vir caminhando aos lugares, dá para manter um mínimo de civilidade graças à rede de serviços.

As autoridades falam em dignidade, eu pergunto:

Por que não urbanizar o lugar, garantindo o mínimo de segurança e conforto para as famílias?

Quem sabe, garantir um período de transição, quando os mais antigos e mais novos teriam tempo para se adequar a mudanças reais?

Mas, esta opção inexiste.

Os moradores do Moinho, para o poder público, são problema.

Então, é mais fácil destruir os barracos, tirar as pessoas do lugar.

Resolver o impasse plantando árvores num parque que, muito provavelmente, não haverá bancos e será cercado?

Extinguindo a Favela do Moinho quantas pessoas passarão a viver em situação de rua na capital paulista? Quando pessoas sofrerão outras violências? Quantas famílias serão desagregadas?

Há muito anos, ainda foca, cobri a minha primeira pauta de remoção de favelas, na gestão Jânio Quadros. O secretário, todo "pimpão", justificava que era o melhor para a cidade e para os munícipes.

Testemunhei o desconsolo dos pertences jogados, literalmente, em cima de caminhões.

Nunca me esqueci daquelas expressões de dor.





Uma casa, quando mora gente dentro, é um lar....

Gerações nasceram na Favela do Moinho...

Mas as autoridades não consideram aquele lugar onde moram pessoas e nasceram um espaço de direitos....

A regra excludente vale para a Favela do Moinho, para as muitas ocupações que existem na cidade, para comunidades inteiras.

A moradia, em São Paulo, cada vez mais é restrita para poucos.

Será que toda vida presta? Mesmo?

#FirstHouse  #nenhumafamíliasemteto



segunda-feira, 21 de abril de 2025

Foi-se o Papa Latino-Americano - o PapaPop, PapaChico, Papa dos Pobres

Foto da Autora

Costumo dizer que eu não sou uma pessoa religiosa, mas sou uma mulher de fé.

Eu ainda acredito, tal aquele conto infantil, não em fadas, mas em pessoas.

Seres humanos como o santo homem que nos deixou, hoje (21 de abril), num dia de feriado de herói brasileiro, o #Tiradentes, após surpreender o mundo dizendo uma frase e passeando pela praça:

Irmãos e Irmãs, #FelizPáscoa!

A presença do Papa Francisco encheu o mundo de esperança,

Teria sido esperança vã?

Sabíamos da fragilidade do homem...

Mas, Francisco não é apenas humano, foi imortalizado pelo seu exemplo de fé e respeito a todas as vidas.


Francisco e a opção pelos pobres

Quando escolhido pelos seus pares, o Santo Homem deixou claro a que veio ao escolher o nome Francisco.

Ele seria o Papa que optou pelos pobres, pelos indefesos, pelos que sofrem.

A #IgrejaCatólica, muitas vezes perplexa, dividia-se entre os admiradores e os conservadores.

O #papapop não conseguiu avançar mais...

Seus pensamentos e ações  muitas vezes foram contidos para gerenciar os conflitos, ao dialogar com os divergentes, ao avançar a passos lentos.

Mas ele tinha consciência dos seus pequenos grande atos,

e provocava, e aguçava, e avançava e dava o exemplo.

E, de certa  forma, deu fim ao conflito entre brasileiros e argentinos:


Foto: Reprodução web

Se nós temos Pelé e eles têm Maradona,

o #papafrancisco  é de todas, todes, todos!


Fui a Roma e não vi o Papa

Durante uma visita à #TerraSanta o roteiro incluiu o #Vaticano, 

Como católica não praticante, pelos pecados que carrego,

perdi-me e me achei no lugar.

Queria muito ter assistido à uma missa celebrada pelo #papafrancisco ...

Mas, ele não estava lá:

estava cuidando de assuntos mais importantes, do outro lado do mundo, visitando parte da Ásia, a Tailândia e o Japão.


Corpo ausente memória presente

O papa, de certo modo, veio até a mim,

sua presença materializou-se em forma de presente recebido da minha amiga, professora e orientadora.

Sim, ela foi a Roma, participou da missa celebrada pelo #PapaFrancisco e lembrou-se de mim.


Moral da História:

Foto da Autora

                                  Guardo o #papachico em minha lembranças.

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Abacates e a ganância humana

Fotos da autora

 Os abacates estão dentre os meus frutos preferidos.

Como-os puro, direto da casca, em iguarias doces e salgadas.

Gosto de todos, do manteiga, os verdes e redondos, os de casca roxa e até mesmo aquele pequenino, que insistem em chamar de avocado.

Os abacateiros estão em plena atividade, não estão recolhidos...

abacateiro sabes ao que estou me referindo...

Nesta época, os quintais estão fartos

Quem tem um abacateiro em casa torna-se generoso, partilhando com a vizinhança:

 saudades do seu Zé Gomes e daqueles sacos imensos do fruto.

Abacateiro, acataremos teu ato...

Mas, a ganância humana não tem limites!

Na feira de #Macondo, costumo comprar três por R$10, com direito a um maduro de cortesia; há bancas que cobram três por R$10 e os que insistem em cobrar por unidade.

Ontem, terça-feira (15/3), caminhando por #SãoPaulodosmeusamores, na praça pública, o carrinho de mão anunciava por escrito, no papelão: 

cinco abacates pequenos (avocados) ou três abacates grandes por R$10. 

Preços justos, justíssimos para um fruto que a natureza nos abençoou.

Abacateiro
Serás meu parceiro solitário
Nesse itinerário

Da leveza pelo ar...

Mas, caminhando um pouco, ao entrar na lojinha de produtos naturais, aqueles que cobram o "olho da cara" porque são bons para a saúde, sou surpreendida com a placa, afixada numa pequena bacia, com meia dúzia de abacates, daqueles mais comuns, de casca verde:

Abacates orgânicos, R$16 reais o quilo.

Ora, o fruto deve ter sido colhido em algum quintal, não havia selo de certificação de produto orgânico, apenas a especulação desmedida, como vimos com os produtos alimentícios de quando em quando.

Na mesma feira, em Macondo, compro dois pés de alface em processo de certificação, os bichinhos que resgato vivos das folhas no processo de higienização (lesmas, pequenos insetos e até aranhas) comprovam que o agricultor familiar não usa agrotóxicos, custam R$ 3 o pé e R$5 o combo com dois.

Na feira da cidade grande, um pé da mesma verdura não custa menos de R$5. Um rúcula, ridiculamente custa R$9, enquanto na cidade pequena, com o dobro do tamanho, custa R$3.

Ah, mas a cadeia de produção... O transporte, o trabalho do intermediador, o combustível...

Aí, andando três quadras, na calçada em frente de casa, na cidade grande, vejo o pequeno grande abacateiro com os seus frutos...

Abacateiro, teu recolhimento é justamente o significado da palavra temporão.

Enquanto o tempo não trouxer teu abacate, amanhã será tomate e anoitecerá mamão...


Um abacate alimenta muito gente

um comerciante enriquece a si mesmo... 

Dureza mesmo é comer dos abacates da cidade grande.


segunda-feira, 7 de abril de 2025

Vivemos numa democracia, os brasileiros

Ilustração: #Fragadesenhos

O ex-presidente da República do Brasil, #Jair0Bolsonaro, foi às ruas, na capital paulista, para se pronunciar.

Fez bolsonarices, como era esperado, inclusive discursar em inglês, para #Trump e #Musk entenderem?

E não foi só.

Mais importante do que o número de camisas verde-amarelo, foram os políticos que o acompanharam, e também as ausências.

O governador de #SãoPaulo, do #Amazonas, #Goiás, #MatoGrosso, #MinasGerais, #Paraná, #SantaCatarina estavam lá. 

Apoiando ou aproveitando a vitrine, ou melhor, os eleitores de voto confesso no lado direito da força "cívico-militar"?


Sociedade de direitos

Bolsonaro foi considerado inelegível, pela #Justiça;

Bolsonaro foi considerado réu pela Justiça;

Bolsonaro ainda é investigado pela Justiça.

Mesmo assim, mais do que todo o direito à defesa, ele tem a liberdade de livre manifestação...

Arrastou atrás de si nada menos do que 50 mil pessoas, numa tarde fria de domingo, onde os bolsonaristas, mais uma vez, deixaram os livros na estante...

Os presentes passaram seus recados, sobretudo deturpando a definição de direitos e o conceito de crime.

Talvez, defendendo os seus?

Anistia no olho direito arde como pimenta, não é mesmo?

O vermelho finalmente surgiu entre os manifestantes, na cor do batom.

Teria sido ato falho?


Informação é Direito Humano

Hoje é 7 de abril, #DiadoJornalista 

A profissão que escolhi numa época que o #Brasil ainda vivia sob o regime da #ditaduramilitar.

Confesso estar enojada com a mídia hegemônica, ainda estarrecida com o poder da desinformação advinda das mídias digitais.

O que mais me surpreende, no entanto, é como falta informação de qualidade aos brasileiros.

Não, a causa não são os "desertos de notícia",  a estreita ligação dos donos da mídia com o mercado financeiro, mas a falta de consciência, de vivência política de uma parcela significativa dos brasileiro

Onde não cabe divisão de classe social.

Sigo na minha lida, tentando desvelar os crimes políticos, que também são hediondos. 

Afinal, como sempre diz o meu companheiro, uma "canetada", seja de economista, como ele afirma, seja de político, como eu acrescento, fere e mata.

#semanistiaparagolpistas


Brasília, o descobrimento do novo e o encobrimento do velho

Fotos da autora Tive o prazer de visitar #Brasília em tempos democracia: gostei e ao mesmo tempo desgostei do que vi.  A capital federal pri...