quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

É um homem? É um padre? É o nosso santo vivo!

Fonte: mídias digitais

 De tempos em tempos lemos notícias sobre o pároco do #Povo da Rus, #PadreJúlioLancellotti.

Um homem santo, que coleciona prêmios e títulos pelo seu trabalho vocacional em prol do povo oprimido, mas também desafetos.

A novidade da vez, estarrecedora, foi a determinação de Dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo,  para que o titular da Paróquia São Miguel Arcanjo interrompa o seu trabalho nas mídias digitais, incluindo a transmissão ao vivo da missa de domingo, celebrada na Capela São Judas Tadeu.

É para o bem dele.

D. Odilo Scherer

Por que a #ArquidiocesedeSãoPaulo quer calar a voz do seu religioso mais fervoroso?


Sempre respeitoso, e acatando as determinações da Igreja Católica do Brasil, Padre Júlio foi gentil ao afirmar aos fieis, em plena celebração da missa (14/12): 

Recebo a noticia com resiliência e obediência.

Dias depois, durante entrevista, reafirmou:

D. Odilo me pediu para dar um tempo. Ele acha que é uma forma de recolhimento e proteção.

Mas, qual é o lugar do Padre Júlio?

É no meio de nós.



A reação dos fieis, seguidores e movimentos sociais

Foi lançada uma bomba, afinal, a censura nunca deve ser permitida. 

As mídias digitais, os portais e a imprensa hegemônica e alternativa repercutiram a notícia. A militância reagiu convocando os solidários ao #PadreJúlioLancellotti a se mobilizarem tanto presencialmente quanto virtualmente. 

Se o homem santo não pode falar, todos, todas e todes falam por ele e reverberam a sua voz.

A Arquidiocese não se justifica, manda.

Eu pergunto: 

se o padre Júlio corre risco, por que não denunciar publicamente a ameaça sofrida? 

Padre Júlio é figura pública e cercear direitos não é a melhor forma de proteção. 

Afinal, vivemos tempos de inquisição.

O que teme a Igreja de São Paulo?

Teria D. Odilo se esquecido do telefonema feito pelo  #PapaFrancisco ao Padre Júlio  em plena #pandemia da #Covid, pedindo para ele não esmorecer? O que mudou na Igreja Católica de São Paulo desde então?


A Via Amorosa

Quem conhece a região onde está localizada a #ParóquiaSãoMiguelArcanjo, localizada na Rua Taquari, no bairro da Mooca, em São Paulo,  certamente já presenciou uma entre as inúmeras ações do Padre Júlio. 

O páraco dos fracos e humilhados criou uma espécie de quadrilátero expandido do Bem, através de obras sociais. Centros de acolhimento não apenas aos pobres, mas também aos fieis que buscam amparo emocional.

Tem um pouco de tudo: centro de orações, estudos da Bíblia, cursos de capacitação profissional, farmácia natural, brechó, biblioteca, venda de produtos feitos pelos alunos com verba revertida aos necessitados, a padaria do povo.

Da distribuição de café da manhã, que incomoda muita gente, Padre Júlio multiplicou as ações.

A própria paróquia está sendo reconstruída

A obra de Padre Júlio deveria ser multiplicada Brasil afora, Dom Odilo, nunca questionada.


Diversidade e equidade

O nosso santo vivo abriu as portas da sua paróquia para todos, todas, todes e nos ensinou que leituras enviesadas da palavra de Deus é pretexto. Afinal, o contexto da #BíbliaSagrada tem de ser revisto e atualizado.

O que mais incomoda a Igreja tradicional?

Os pobres? A audiência #lgbtqiapn+? A militância?

Seria o amor que o Padre Júlio plantou e conquistou?

Amor pelos excluídos, pelos que estão à margem, mas também pelos injustiçados.

Padre Júlio é um oásis reflexivo numa cidade excludente como #SãoPaulo.

Lembro que Padre Júlio ordenou-se na maturidade, é professor aposentado, tem renda e casa própria e não depende do orçamento da Igreja para sobreviver. Poderia se rebelar, deixar o sacerdócio que continuaria amado e teria mais liberdade de ação. Mas, ele é um homem de fé, que escolhe os próprios caminhos e responde ao ódio com amor.


O padre das causas impossíveis

Padre Júlio transforma dor em amor. Simples assim.

Eu tive a honra de conhecer Padre Júlio no início da década de 1990. à época, a luta era pelos direitos dos pacientes vitimados pela Aids, sobretudo as crianças. Tive o privilégio de conhecer a #CasaVida e entrevistá-lo algumas vezes. Mas, a minha admiração é pelo ser humano, não ídolo. Pelo homem de ação que não espera, mas materializa milagres da multiplicação do pão e afeto.

Padre Júlio bebeu da fonte mais amorosa da Igreja Católica,

Ele absorve as dores do mundo com fé e fervor.

Onde houver ódio, padre Júlio gera amor.


Seguir a Jesus é a liberdade de vida, de expressão e de humanização da vida.

A religião é sempre um instrumento, nunca um fim em si mesmo. Um instrumento que pode humanizar e também desumanizar. Seguir a Jesus é a liberdade de vida, de expressão e de humanização da vida. Jesus, Maria e José, hoje, estão pelas estradas do mundo.


Padre Júlio Lancellotti


Não podemos prescindir das palavras, benções e ensinamentos do Padre Júlio, principalmente neste #TempoddoAdvento.


Compartilho abaixo uma entrevista que fiz com Padre Júlio quando era editora da Revista Nova Família, reproduzida pelo portal #BemBlogado que, acredito, resume um pouco sobre as relações humanas e opinião do religioso:


https://bemblogado.com.br/site/e-preciso-ter-forca-e-coragem/



Visite o site OArcanjo.Net e conheça mais sobre a paróquia e o seu pároco:





terça-feira, 25 de novembro de 2025

Um vestido amoroso para fazer uma criança feliz neste Natal

Fotos: #MissEulalia


Ah, se todos fossem filhos de #PapaiNoel...

Melhor ainda:

se cada um de nós pudéssemos ser papai-noel!


Feliz Natal?


O #Natal é uma data repleta de símbolos, e é celebrada de maneira distintas por todas, todos, todes o que o fazem. 

Manifestada num desejo, ou ao menos uma esperança por realizar:



um brinquedo, 

uma visita, 

uma comida...

Costumamos usar uma roupa nova, ou uma roupa tradicional, ou uma roupa especial para celebrar. 


Vestidos Felizes

Há alguns anos conheci uma mulher bonita (de corpo alma e guarda-roupa).

Costureira, artesã, mineira, mãe de três meninas, 

que já foi criança e conhece bem os desejos das filhas no dia de Natal. 

E, inspirada nessas meninas...

Impulsionada até onde os próprios braços alcançam...

sonhou, imaginou e realizou o sonho do Projeto Vestidos Felizes.



Para materializar o próprio desejo ousou sonhar junto e convidou as amigas -e pessoas desconhecidas-  quando o sonho virou coletivo.

No primeiro ano, #Juliana confeccionou 50 vestidinhos e presenteou meninas carentes, estudantes de uma escola pública de #MinasGerais, onde mora. Um tempo depois de um turtuoso caminho pessoal, no ano passado ela costurou mais de 50 vestidinhos que foram entregues para crianças que vivem em instituições e moradias carentes, na mesma região.



Na próximo Natal, daqui a um mês, a costureira-artesã-mãe-mineira espera doar 100 vestidinhos, que este ano serão acompanhados por brinquedos: bonecas e cavalinhos de pau, ops, pano. 








Coloridos e com história



Para o próximo Natal, a costureira, artesã, mãe, mineira,  escolheu tecidos africanos e a chita brasileira.















Tecidos que, além de remeter a memória, são coloridos e têm elementos gráficos que por si só garantem a beleza da peça, que ainda será totalmente customizada. 

Para meninas enfeitadas no Natal!


São Lindos!

           Juliane Carvalho 


Noite feliz solidária 


Juliane corte, borda, pinta, costura e não brinca em serviço, 

apesar de se divertir criando peças exclusivas, únicas, com recortes, apliques, renda e poesia.

São vestidos lúdicos, literalmente encantados, tão encantadores que são. 

Juliane faz tudo sozinha, um por um, linha por linha, mas nunca de forma solitária, pois cada alinhavo é possível graças a uma rede de pessoas que a apoiam, seja doando tecidos ou patrocinando um vestidinho.

E as doações vêm de todo o Brasil.

Mas, ainda que a nossa costureira- artesã-mãe-mineira, mais conhecida como #ChapeleiraMaluca - sim, ela também cria lindos e exclusivos chapéus - doe todo o seu tempo e arte, ela precisa de apoio financeiro, 

pois 100 não são poucos, não é mesmo?




Para Doar

Cada vestidinho está estimado em R$ 80, num custo simbólico para viabilizar o projeto, lembrando que este ano ele irá acompanhado por um brinquedo. Cada pessoa valorosa que puder somar este valor terá sua presença materializada no corpo e sorriso de uma criança, lindamente vestida no próximo Natal e ao longo de 2025.

                           


 Chave Pix:      06343859683

Inatagram:  

@miss_eulalia_

Facebook:

Juliane.carvalho.eulalia





quinta-feira, 6 de novembro de 2025

Alunos da rede pública municipal de São Paulo anteciparam os debates da COP30

 

Imagens: Revista Imprensa Jovem

Os líderes mundiais já estão em solo brasileiro;

Aos poucos estão chegando as delegações;

E a flotilha "do Fim do Mundo", depois de navegar as águas que interligam a Amazônia, desembarcou no seu destino.

#Belém, no #Pará,  se prepara para sediar a #COP30, que colocará o #Brasil como centro do mundo entre os dias 10 e 21 de novembro. 




A "Conferência das Partes" tem como missão discutir e preparar estratégias para combater as ameaças e preservar as vidas na #Terra.

Ações globais, que minimizem os impactos locais.

Conscientização em prol da biodiversidade.

Vislumbramos manchetes globais, mídia hegemônica e alternativas, comunitárias, engajadas, radicais, mostrando as diferentes percepções e realidades.

Muito pano para manga, como ensina o ditado popular.


Enquanto isso, no início do semestre passado

A pauta mundial foi antecipada por alunos da rede municipal de ensino de São Paulo, que estudaram,  e pensaram soluções para conter os impactos do aquecimento global, da devastação da natureza e seus efeitos no cotidiano diário, em sala de aula.

Os trabalhos foram iniciados com o ano letivo e culminou no lançamento da nona edição da edição atual da @RevistaImprensaJovem, lançada em julho passado.

O tema único: Mudanças Climáticas.


Natureza como marcador social: 

                                    

Os repórteres mirins que integram o #ProgramaImprensaJovem tiveram como desafio coletivo redigir uma reportagem sobre as mudanças climáticas. 

Eles foram convidados a se tornarem jornalistas por um semestre, e fizeram bonito. 

Como sempre, decolonizaram a pauta e trouxeram o debate para a realidade da comunidade onde as cinco escolas participantes estão inseridas.

Sessenta e sete estudantes, entre 10 e 17 anos, participaram da edição pesquisando, entrevistando, fotografando, redigindo textos e criando arte.

As reportagens mostram que a "moçada" está antenada, ciente das ameaças advindas desses tempos modernos.

Também, como a população sobre de formas diferentes os sintomas das Mudanças Climáticas, conscientes de que todos, todas e todes precisam somar - e cobrar das autoridades - para reverter, com soluções práticas, as ameaças.



Na reportagem "Juntos pelo Clima", os alunos da EMFM Rubens Paiva foram a campo e entrevistaram moradores do entorno, que enfrentaram as enchentes. Na matéria, a questão da moradia que avança a natureza é mostrada como consequência da ausência de políticas públicas.  Quanto o povo torna-se refém da inoperância do Estado.


Os alunos da EMEF Paraisópolis, por sua vez, desvelaram a diferença que é habitar bairros vizinhos, mas tão distantes economicamente.

Eles se posicionaram argumentando que a natureza deve ser patrimônio comum. Afinal, áreas verdes não são luxo, mas direito.


Já a galerinha da Emef José Mário Pires Azenha, entrevistou a velejadora #HeloisaScürmann, que ampliou o debate da terra para o mar, instigando a equipe de reportagem a olhar e zelar pelos oceanos.

O Aquecimento Global foi tema da reportagem dos alunos do CEU Heliópolis, que pegaram num ponto crucial: a desinformação envolvendo os debates. Assim como os colegas que moram perto ou nas favelas,  eles demonstraram que áreas verdes são factíveis de serem implementadas como políticas públicas, beneficiando ao mesmo tempo natureza e população, embelezando e protegendo as áreas críticas das cidades. 

Como participantes muito mais do que especiais da edição, os adolescentes  do Núcleo Convivência Menino Jesus, da cidade vizinha, São Caetano do Sul, também estão atentos ao cinza das cidades e reivindicam mais conscientização para a preservação, com replantio de árvores e coleta seletiva de resíduos, dentre outras ações práticas e factíveis de serem realizadas.

Com suas reportagens, os jornalistas mirins provam que estão atentos ao que está acontecendo no mundo e querem participar das discussões e soluções. 

Sempre coletivamente, pois sabem que os perigos que ameaçam a vida na Terra afeta primeiro as periferias, os mais pobres, àqueles que não são prioridade nas decisões políticas, que se manifesta como racismo territorial. 


Comunicação assertiva

Além das matérias principais, os estudantes indicam filmes, livros e dicas de ativismo digital. 


Mostraram que sabem fazer arte e deram uma lição de jornalismo. 



Sobre a Revista Imprensa Jovem






Publicação semestral, distribuída em versão digital, direcionada aos estudantes do ensino fundamental e médio da rede pública municipal de São Paulo, realizada numa parceria entre o Núcleo de Educomunicação da Secretaria Municipal de Ensino de São Paulo e a Universidade Metodista de São Paulo.]





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Revista Imprensa Jovem             

 

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quarta-feira, 29 de outubro de 2025

Os cadáveres de seres humanos assassinados têm nome

Artes e foto: reprodução

É preciso nomeá-los para honrá-los.

É preciso pagar indenização para as famílias, e ampará-las.

É preciso resgatar a essência da vida humana,



Dos mortos.

Em nós.




O Brasil está em luto

Parte dos brasileiros: àqueles que se importam.

A ordem para matar veio do #governador da cidade maravilhosa, que não é mais tão linda assim.

O algoz tem nome, #ClaudioCastro, e tem poder.

Até quando?


                                        O bandido usa gravata, mas não pode ser considerado gente



Yes, nos temos genocida

Ele manda matar, a PM mata.

Ele se vangloria pelo que chamou de "operação", e tem político apoiando.

os de sempre:

aqueles que defendem as armas em punho e os golpes contra a democracia;

aqueles que acham que cor da pele, conta bancária e classe social são sinônimos de bandidagem;

aqueles que se julgam donos os poderosos, 

os #aparofóbicos,

Os de sempre.

aqueles que não querem partilhar o pão, ops a grana, ops o poder.

Custe a vida de quem que que seja.


#Gaza : capital do #RiodeJaneiro.

                  Quase todos pretos, quase todos jovens, quase todos pobres...


Não há palavras para traduzir o sentimento, a comoção, a indignação.

Espera-se uma apuração séria, que coloque os verdadeiros bandidos - os que atiraram e os que mandaram atirar - na cadeia.

Apenas assim o povo brasileiro, a parte que trabalha, que se importa, que vivencia o luto coletivo da perversidade que aconteceu na terça-feira, dia 29 de outubro de 2025, poderá dormir. 

Se não for assim, morremos um pouco todos nós, o povo brasileiro.


#Racismoestrutural #Racismo institucional #racismoterritorial



sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Tia Ana, estrela no quadro azul do céu, agora bate altos papos com o Pequeno Príncipe

Foto: #GazetaViews

Hoje eu perdi uma amiga.

Ela elevou-se.

A querida tia Ana foi professora de gerações em #Macondo, ops, na minha cidade de interior. Ensinou letras, artes e principalmente respeito, tolerância e convivência, alargando o pequeno mundinho de gerações de crianças em fase pré-escolar.

A minha história com Ana Cinti começou quando eu era muito pequena, ela adulta. Morávamos lado a lado, e ela tinha uma filha, Ana Glaucia, uma das minhas primeiras amiguinhas. Assim, foi natural que a casa delas fosse frequentada por mim.

Seu pai tinha a única livraria, papelaria e loja de brinquedos da cidade. Ela foi uma das poucas da geração dela que conseguiu estudar.

Tia Ana me viu crescer, da menina estudiosa e comportada me transformar nessa pessoa contestadora, porém ainda estudiosa. Acompanhou a minha entrada na faculdade de jornalismo e foi responsável pela minha primeira matéria publicada, no jornal local.

Ela me convidou para acompanhá-la, e aos seus alunos, numa excursão. Passei o dia com eles e contei a aventura comum numa misto de reportagem-crônica-matéria de opinião sobre o passeio. Guardo até hoje o recorte do jornal #CIdadedeBoituva e recordo a repercussão positiva e generosa.

Para mim, associar a professora à sabedoria do personagem #PequenoPríncipe,  que batizou a sua escola, era algo natural: tia Ana era generosa como o Pequeno Príncipe, sábia como o Pequeno Príncipe, mas não era solitária, muito pelo contrário, colecionava amigos, amigas, amigues. Além da própria família que formou, marido, filhos e netos.

Víamo-nos com pouca frequência, de tempos em tempos, mas sempre que nos encontrávamos batíamos "altos papos", como ela mesmo dizia.

Gostava de falar de si mesmo como "bruxa", na verdade era uma fada, uma maga. Mas, entendo a analogia com os caldeirões, pois sabia como poucas usar a sabedoria como um bem comum. Era uma alquimista do saber.

Tia Ana tornou-se uma amiga de verdade, daquelas que não precisamos estar junto para sentir a proximidade e, nos encontros as horas voam e se valorizam na mesma medida do dialogar. Mesmo quando não concordávamos o assunto fluia, uma absorvendo a opinião da outra. 

Foi ela que me apresentou temas, como eu diria, mais "exotéricos assim...". Parece que ela sentia quando algo não ia bem, comigo.

O tempo e os espaços geográficos tornaram os encontros presenciais ainda mais espaçados, porém as mídias digitais nos reunia. 

Ela me chamava de "maga das palavras", e como eu gostava de ler a opinião dela sobre os meus escritos e as minha percepções do mundo.

Se ela era minha fã, eu era mais: ela foi uma mulher que eu admirei plenamente. Não havia lacuna geracional entre nós.

Pelas mesmas mídias digitais, quase por acaso, soube da sua morte, hoje. E, felizmente, pude me despedir.

Não levei uma flor: não deu tempo.

Fiz uma oração e a aplaudi.

Sinto ao mesmo tempo um vazio, mas sei que hoje ascendeu no universo uma luz tão intensa...

Talvez tia Ana esteja batendo um "papo cabeça" com o Pequeno Príncipe, amenizando a solidão real e combatendo os Baobás que ameaçam o pequeno planeta.

Só sei do muito que ela deixa em mim.

Por isso, agradeço sua vida e a sua presença na minha, para todos, todas, todes saberem da sua real importância.


O essencial é invisível aos olhos (Ilustração: reprodução)


Ana Cinti eternamente.



quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Os velhinhos do Brasil e seus corações democratas



 

Ilustrações: web

Nos últimos dias de inverno e início da primavera,  o Brasil deu um show mundial em defesa da democracia. 

Sem juízo de valor, mas inspirada na sabedoria anciã dos tempos modernos, onde os corpos envelhecidos  equilibram mentes jovens e brilhantes, reverencio os meus idosos favoritos: Lula, Chico, Gil e Caetano.

Por que não, por que não?

Porque eles caminham livres com seus corações democratas. 

Os jovens cantores subiram no palco da praia de Copacabana e inspiraram os brasileiros, que sabem o valor da liberdade.


O jovem trabalhador incansável, o presidente #LuizInácioLuladaSilva , brilhou soberano no púlpito da #ONU e encantou o mundo.

E, como não há pecado do lado de baixo da linha do Equador, o negacionismo, a desinformação, a exclusão social e até mesmo a impunidade que se somam no ciclo de golpes iniciado em 2016, se rompem.

Aos musos #ChicoBuarquedeHolanda, #GilbertoGil e #CaetanoVeloso somaram #PaulinhodaViola e #Djavan. 

Décadas atrás, eles eram jovens. Eu, criança. Hoje eu sou quase avó...

Não preciso mais pedir desculpas nas passeatas, perguntando, onde erramos? A vida vem em ondas, cantou Lulu, e ele está certo.

A onda da vez é a retomada da nossa democracia, da nossa identidade intercultural de país migrante que diz não ao colonizador.

"O amanhã é feito de escolhas diárias...  A confrontação é inevitável... A voz do Sul Global deve ser respeitada...", cutucou o presidente do Brasil na sede da ONU, no país daquele que deve ser enfrentado, o tirano americano.

Aliás, o próprio disse ter gostado do discurso do antes desafeto, pois ele sempre prefere os vilões, e que Lula é boa gente. Escolheu o abraço ao aperto de mão e sinalizou uma abertura de diálogo.

Nesta quarta-feira (29), Lula repetiu a dose de empatia durante a mesa "Em defesa da democracia, combatedo extremismos";

"O que você fez pela democracia, hoje? É preciso dormir e acordar todos os dias pensando em como defender a democracia".

Ele confessou ter sido um jovem metalúrgico que gostava gostava de futebol, não entendia como se fazia politica, até que conheceu o sindicato. Percebeu, então, que trabalhador não participava da política, não influenciava nas decisões, e fundou um partido.

Perdeu algumas eleições, ganhou outras tantas. F oi considerado "o cara", foi preso, inocentado, libertado e eleito presidente novamente.

O mundo viu e vê, em Lula, um líder global.

Nós, seus eleitores, sabemos que Lula é raro.

Tão raro que não se esquece de outros líderes populares, pilares da justiça social como ele: o papa pop, Francisco, e Pepe Mujica, que vivem em todos nós.

Voltando a Chico, Gil e Caetano, velhos camaradas, que não titubearam a voltar à praça, ops praia. Eles se posicionaram contra um dos maiores absurdos atuais, depois da negação da pandemia da Covid-19: a PEC da bandidagem, ops #Pecdablindagem.

Parafraseando #MoraesMoreira:

Três artistas do Brasil, três corações democratas... Deus me faça brasileiro, criador e criatura, um documento pela raça pela graça da mistura. Do meu corpo em movimento...

Moral da História:

Poucas horas depois da segunda fala do Lula, dias após as manifestações dos movimentos populares em todo o Brasil,  a #ComissãodeConstituiçãoeJustiçadoSenado rejeitou a PEC da Blindagem por unanimidade.

"Em caras de presidentes, em grandes beijos de amor. Em dentes, pernas, bandeiras, bombas... Por entre fotos e nomes, os olhos cheios de cores, o peito cheio de amores vãos. Eu vou. Por que não? Por que não?





Nota da autora:

Reverencio outros jovens políticos brasileiros:

#LuizaErundina, #IvanValente, #EduardoSuplicy, #leciBrandão, Vicentinho e tantos outros...

#Memóriajustiçaverdade

#semanistiaparagolpistas

#freepalestine

#stopisrael


domingo, 10 de agosto de 2025

Os bebês de Gaza

 


Fotos: Instagran @leenfromgaza

Agosto é o mês da gestante. E gestação remete à vida! Pois, neste  agosto se intensificaram as ofensivas do estado de Israel contra #Gaza, na #Palestina. Onde milhares de bebês morrem nos ventres de suas mães assassinadas.

Seguimos a vida com o massacre sionista explícito...

Remete-me àquela desinformação, divulgada pelo primeiro- ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em outubro de 2023, denunciando que bebês israelenses haviam sido mortos e seus corpos queimados pelos palestinos.

Era, para parte do mundo, conveniente acreditar. Mas, era mentira.

A #fakenews chegou mais certeira do que os mísseis enviados por Israel, de certo modo validando a intensificação do extermínio, do novo holocausto justificada como guerra.


Ao longo dos últimos dois anos parece que parte do mundo se acostumou a testemunhar a limpeza étnica de um povo com fins não apenas políticos, religiosos, ideológicos, mas econômicos. 

Os poderosos de Israel, pois parte do povo judeu defende as vidas palestinos, quer usufruir da beleza geográfica de Gaza, explorar economicamente as terras da Cisjordânia, dizimar o direito do Estado Palestino.

Semana passada, o horror chegou pela boca do rabino que foi explicito ao defender a morte de todas as crianças palestinas. Para ele, sementes do terror, mas na verdade alvos do terror religioso.

Depois, foi a vez  do ministro da segurança de Israel afirmar o mesmo. Dizer em alto e bom tom que as crianças de Gaza são "ameaça que deve ser eliminada.".


Hoje é dia dos pais

Quantos sobraram na Palestina?

Depois, foi a vez das mães, inclusive as grávidas.

Agora, o alvo preferencial são as crianças e os bebês.

E a arma mais letal são os poderosos de Israel, suas intenções.

Os pequenos que não morrem como alvos, pelos tiros, pelos mísseis, agora morrem de fome.

A cada rostinho descoberto na mortalha branca, a cada corpinho inerte, o meu coração se aperta num grito silencioso.

Uma angústia infinda do despoder...

Pela internet, vemos crianças palestinas testemunhando ao mundo suas dores físicas. Emocionais? É só olhar e ouvir para sentir junto.

Confesso que quando "rola no meu feed" um nome conhecido eu agradeço pelas suas vidas, envergonhada pelos milhares que sucumbiram.

Aos poucos os países começam a responder negativamente aos abusos de Israel, mas as retaliações são tardias. 

Como o mundo deixou a guerra unilateral causar a maior mortandade dos tempos modernos?

Não vou repetir os chavões.



Quem pode parar esta guerra? Deus, vc existe, o Senhor está aí?


Tem um anticristo na Terra a ser neutralizado.


A desocupação de Gaza tem dia marcado pelo todo poderoso parlamento israelense.





Nota da autora: Leen é apenas uma garotinha que gosta de cozinhar e postar as suas receitas e pratos para o mundo ver. Mas, ela não tem mais comida para cozinhar, e tanta vida por viver!




É um homem? É um padre? É o nosso santo vivo!

Fonte: mídias digitais  De tempos em tempos lemos notícias sobre o pároco do #Povo da Rus, #PadreJúlioLancellotti. Um homem santo, que colec...