sábado, 21 de outubro de 2023

Não vote em Milei, Argentina

Fotos: arquivo pessoal

 Há cerca de um ano eu vivia a incerteza sobre o futuro próximo. Eu estava em #BuenosAires, participando do meu primeiro congresso internacional de Comunicação, o #Alaic, e vivendo o sonho de conhecer uma xará (nome e apelido), que trabalha numa agência de notícias, apesar de não ser jornalista.

Durante o governo passado, ela me apoiou em diversos momentos, lembrando da importância de manter o foco nas eleições, o equilíbrio e o espírito de luta, resgatando o governo popular.

Na semana que antecedeu o primeiro turno das eleições de 2022, no Brasil, tive a emoção de conhecer as #MadresdelaPlazadeMayo e ver Hebe de Bonafini abrir a bandeira com a figura do presidente #Lula.

Na ocasião, a Abuela que morreria meses depois, dizer que nós, brasileiros, deveríamos nos empenhar em elegê-lo, resgatando o Brasil.

No domingo eu pegaria o avião de volta para casa a tempo de votar.

Sentia um misto de emoções: certeza, esperança e medo.

Neste domingo, minha xará argentina irá às urnas

O compromisso dela e dos hermanos é deter o "fantasma" personificado na figura do candidato Javier Milei.

Sabemos que não será uma tarefa fácil deter tamanho retrocesso, mas é necessário.

Analistas dizem que o argentino, que representa a direita, é pior do que Bolsonaro.

Eu me questiono: será que algo, alguém, poderá ser ainda pior do que aquele que nos fez viver o caos nos últimos quatro anos e que dividiu o Brasil e as famílias brasileiras?

Corrupção, fakenews, negacionismo, insegurança, violência física, moral e intelectual, tentativa de golpe, enriquecimento ilícito, genocídio?

No primeiro turno das eleições brasileiras tivemos de engolir o ex-presidente e sua verborragia mais um pouco, até a derrota no segundo turno.

A missão dos argentinos progressistas é convencer a todos os que os cercam na tentativa de combater o avanço de Milei.

Pelo menos, levar a disputa para o segundo turno, sofrer mais um pouco para tentar repetir o grande feito do Brasil: eleger um estadista que, certamente, poderá trabalhar  para trazer de volta a Argentina para o protagonismo político e econômico que o país merece.


#Fuerza, Argentina


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