presidente Lula discursa na abertura da 79. Assembleia Geral da ONU, em Nova York (foto: @LulaOficial) |
Há pouco menos de duas semanas o brasileiro irá às urnas.
Aqui,, eleger um representante - no caso prefeito e vereadores - é ao mesmo tempo um direito e um dever.
Alguns votam por obrigação.
Para mim sempre foi mais do que uma atitude cidadã: um prazer.
Na minha cidade, #SãoPaulo, as opções são divergentes, e eu há muito escolhi o meu lado: sempre o governo popular, comprometido com a pessoa que mora e transita pela capital paulista, e com àqueles que nem sempre são tratados como gente. Entre os vereadores, votar numa mulher de um partido de esquerda é uma tradição.
Nas últimas eleições, usei a minha camiseta verde e amarela...
Isso mesmo:
Com o retrato do presidente Lula estampado nela.
Por isso, fui confundida: muitos veem e não olham; alguns julgam pelo que veem.
Se o presidente Lula interfere no meu voto?
É claro que sim, como no voto de todos os brasileiros.
Não apenas por ser o Presidente da República do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, mas por ser o Lula.
Não é o pleito ideal
Há muito mais candidatos de direita, conservadores confessos, neoliberais, patriarcais. Candidatos que defendem a força, a arma, a desinformação, a tal sociedade tradicional, que permite atacar para se defender (e a sua propriedade), desde que isso corrobore para o acumulação (de terras, de dinheiro, de poder).
As mulheres são minoria, e ainda há candidatas - muitas - conservadoras, além das chamadas "laranjas", ou que farão papel de "vaso": uma figura feminina sem voz.
E o presidente Lula também é responsável por isso.
Independentemente das ações de campanha - ou não-, o "dedo", a "imagem", o "discurso" e o "exemplo" do Lula -estão presentes - ou no passado.
é o velho discurso:
Um nordestino, migrante, trabalhador, sindicalista não representa o eleitor.
Ou representa.
Tem quem prefira os "que rouba faz", seguir o "voto de cabresto", alguns com medo ou costume.
Outros enfrentam as ameaças nas suas cidades, inclusive risco de morte, pois não é fácil se opor a todas as formas de intimidação, seja ideológicas ou físicas.
Afinal, ou somos Lula ou estamos contra Lula.
E, sabemos que o momento é de dialogar, negociar, como o presidente tem feito. Sobretudo com os divergentes.
Triste, porém real.