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Foi uma aula de política.
#PabloMarçal (PRTB) convidou os candidatos ao cargo de prefeito de São Paulo, #GuilhermeBoulos (PSol) e #RicardoNunes (MDB), para uma live.
O PSolista topou.
Numa conversa civilizada, sem ataques, palavrões ou mesmo cadeiradas virtuais, mas com pequenas provocações que interessavam aos interlocutores.
Aquele velho embate entre direita e esquerda, onde Boulos sabia que estava falando com àqueles que podem decidir os rumos das eleições de domingo.
Marçal assumiu ora postura de coach, de selecionador, de profissional de Recursos Humanos que direciona um processo de seleção para o emprego mais desejado no momento: o cargo de prefeito que está aberto.
O "entrevistador", como Marçal se definiu, também passou o recado:
Deixou claro que será candidato, seja ao governo do Estado ou à presidência da República, e que ambos irão se encontrar num futuro não tão distante assim.
Direita e esquerda reunida
O toque de mestre de Marçal foi o feito de, como candidato derrotado nas urnas, conseguir reuniu uma audiência de mais de 400 mil pessoas, no horário do almoço de uma sexta-feira.
A live foi retransmitidas pela direita e esquerda e, acredito, foi ouvida com atenção por pessoas de todas as tendências políticas.
Boulos adotou uma postura de professor.
Marçal argumentou sê-lo.
Durante toda a conversa, ele deixou claro que o link estaria aberto para que o atual prefeito (cargo herdado como vice de Bruno Covas, que faleceu durante o mandato) poderia somar à conversa, inclusive chegou a ligar para Nunes, que não apareceu.
Votos em aberto
Talvez um dos grandes momentos durante a quase uma hora de bate-papo foi a resposta de Boulos, que apertaria a tecla 50 quando questionado por Marçal, caso ele estivesse na disputa com Nunes.
Ele até tentou incitar uma polêmica, devido à nulidade assumida, mas depois disse que também apertaria o próprio número se fosse votar, mas ele está fora do país.
"Estou realizando o sonho do meu filho de tomar sorvete na Itália.", contou.
Colocou-se como o representante da direita do Brasil.
Se Boulos conseguiu convencer os indecisos ou virar o voto que seria de Marçal ou de Nunes, só as urnas confirmarão.
A democracia é a arma do jogo.