quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Os sonhos do atleta mirim esbarram na burocracia dos títulos que demandam dinheiro

 

Fotos da autora

Na rodoviária da mais rica cidade do Brasil, um garoto vestindo quimono chama a atenção carregando um cartaz quase maior do que ele. A timidez esconde o sorriso infantil, e os sonhos, e as conquistas. Do lado dele, a madrasta garante o apoio moral enquanto o pai sai de perto por alguns minutos para resolver alguma demanda.

Eu passo apressada, mas com o compromisso interno de voltar e conhecer a história por detrás dessa imagem, que poderia passar como um filme, mas ficou na minha mente.

Volto. Pergunto se posso conversar com ele, pronta para ouvir a sua história. Ele responde que sim.

Rhuan tem nove anos, mora num bairro periférico de São Paulo, Pedreira, e há três pratica Jiu-Jitsu 

Mais uma criança acolhida num projeto social, que oferece esportes e outros cursos para alunos no contraturno da rotina escolar.

Ele mostra uma quantidade incrível de medalhas para tão pouca idade, todas, conquistadas no tatami. 

Mas, talento e disciplina não bastam na sociedade onde as medalhas, digo moedas movem o mundo



Para subir no ranking e ser reconhecido, o Rhuan precisa disputar competições e para isso ele precisa de dinheiro. 

Esta era a razão para sua ida à rodoviária, com o cartaz nos braços e o sonho do PIX na cabeça.

O pai conta que apesar de o filho treinar durante uma hora e meia, três vezes por semana, ele precisa divulgar o seu nome, e para isso, ganhar as competições organizadas pelas associações de #jiujitsu. O problema é que as inscrições custam caro para a família, e também demandam transportes e muitas vezes hospedagem do atleta mirim e um acompanhante..

O sonho seria um patrocínio, mas para isso ele precisa vencer as competições e a roda dos obstáculos gira Apenas as inscrições custam em torno de R$ 350 a R$500.

Eu me pergunto: como uma família de trabalhadores pode custear isso? Será que a #ConfederaçãoBrasileiradeJiuJitsu não teria uma solução para incluir os atletas iniciantes? Ou o #ComitêOlímpicoBrasileiro não poderia pensar em programas voltados às crianças para reconhecer atletas do futuro?

Estudante do terceiro ano do Ensino Fundamental, o menino de nove anos pesa pouco mais de 35quilos e suporta mais do que 10% do próprio peso vestindo o quimono de Jiu-Jitsu. 

Desde abril deste ano, ele já participou de sete competições. Atualmente, integra a equipe da Academia #RyanGraceTeam, São Paulo, e recebe orientação do treinador Rodrigo Paixão.

"Praticar  Taeksondo é legal"  


Rhuan garante que não tem medo quando luta ao praticar o esporte.

O esporte, segundo o pai, tem um poder transformador. Ele testemunha que o filho era um menino tímido e retraído e hoje é um disciplinado e determinado. Sobretudo, consciente que o esporte não é para lutar, mas pode ser usado como autodefesa.

  


Pergunto à família e seu posse divulgar a sua história, e tenho o consentimento.

Informo abaixo o PIX que será usado exclusivamente para custear as despesas para que Rhuan possa crescer como atleta, pois como ser humano ele já é gigante.


PIX 11954325368 (em nome de Isabelli Oliveira S. )

Instagram:

@RHUANNRJJ_MIGUEL

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