terça-feira, 28 de janeiro de 2025

Os estados nem tão unidos assim

Imagem: Fotomontagem

Estamos vivendo o terror:

o homem mais poderoso do mundo, dizia o meu pai, sempre será o presidente dos EUA.

Mas...

Tem um Trump no meio do caminho do mundo.

Trumpando tudo, tal um trumpsumani, trumpetando.

Ele arrepia o topete amarelo de galo, solta as bravatas e dispara palavras ofensivas para todos os lados;

Doa a quem doer.

O presidente da América do Norte não respeita fronteiras físicas nem éticas.

Em seu primeiro mandato ele queria prestígio, pois milionário já era.

Agora, ele não apenas quer poder, mas quer acumular dinheiro:

Trump quer ser o dono do mundo.

Para isso, ele está disposto a guerrear.

Não apenas de forma retórica, mas literal.


Rachando a América

Trump já começou pelos vizinhos, as Américas do Sul e Central.

Tem mileizinho, pequenino, planejando construir muros, banindo os vizinhos andinos.

Porém,


um gigante despontou como o "coração do mundo"! 

Sim, habemus #GustavoPetro, e a #Colômbia nos dignifica.

Também,

Viva o #México de #ClaudiaSheinbaum !

O #Brasil, de #LuizInácioLuladaSilva , tem usado a diplomacia e a negociação.

Sabemos que ele não arredará em ações na defesa dos direitos do mundo.



Raízes da polarização

Os "americanos" começam a se manifestar.

Primeiro, por perderem os seus imigrantes, ops, empregados;

Agora, aos poucos por descobrirem as suas próprias raízes multiculturais.

A questão a seguir:

O sonho americano que virou pesadelo para tantos será suportado pelos estadunidenses?

Quem gritará mais alto?

O que pesará mais na balança?

A terra prometida de oportunidades

ou 

a sordidez história que dizimou os povos indígenas, que ceifou o direito dos negros e acuou os migrantes, colocando-os devidamente de lado na evolução social?


Guerra à vista

As batalhas se sucedem em conflitos armados, mas também com palavras.

Nós, brasileiros, conhecemos muito bem as consequências da desinformação e do poder acima de tudo, quando interesses de grupos destroem - ou corrompem- a coletividade.

A polarização americana vem aí...

Como ela afetará o resto do mundo é uma conta que eu não quero pagar para ver.

Afinal, 2026 vem aí e temos tudo a perder.

God save the América.

A América somos nos: os povos das Américas e de todo o mundo!


quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

A retórica de guerra dos presidentes dos EUA

Crédito: Reprodução Web

 No apagar das luzes de seu mandado, o presidente norte-americano, Joe Biden, tenta limpar o nome da ilha de Fidel Castro, retirando Cuba da lista de "patrocinador terrorista".

Uma nação soberana, que lutou pela sua independência e desde então sofre com o embargo econômico não deveria estar nesta lista. 

Agora, o presidente eleito, Donald Trump, que levar a glória pela promessa do fim dos bombardeiros na Palestina, como se ele se importasse com a paz...




Seriam duas excelentes noticias 

Se os EUA não quisessem - e pudessem- colocar os holofotes sobre si mesmos.

Se a dita paz e possível abertura econômica fosse acompanhada de um projeto isento para o desenvolvimento e soberania das duas nações;

Sem interesses políticos, econômicos, ideológicos,

Respeitando a histórias do povo de Cuba e Palestina.

Se o resto do mundo importasse, verdadeiramente.

Mas, é cruel.

Enquanto o colega argumenta ter "negociado a paz" durante meses, o milionário sonha com suas próprias guerras...


Brava gente cubana e palestina

Os ataques de Israel ao longo de 15 meses, ceifaram as vidas de 47 mil palestinos. Milhares que estão desaparecidos, cerca de 100 mil estão feridos: mutilados, traumatizados. Famílias destroçadas. 

O acordo de cessar fogo anunciou a libertação dos reféns, de ambos os lados. 

Será que aqueles considerados "terroristas", como o médico Hussam Abu Safiya terá o mesmo direito?

Em Cuba, a população sofre com o embargo financeiro há décadas, e resiste.

Visitei a ilha em 1989. Sim, eu fui à Cuba. 

É claro que a beleza do lugar não é maior do que a boniteza da resistência de um povo.

Os contrastes sociais resultam da resistência, não do comodismo, já que a educação e a saúde são os alicerces que permitiu que gerações crescessem.

Visitei um pedacinho da Palestina em  2019 e vi a resistência histórica, pois as guerras são eternas para o povo do lugar.

Guerras internas e externas.

Ouvi de uma palestina:

Estamos em processo de extinção!

Sementes e brotos

Por mais boa vontade do povo cubano e palestino, sem recursos é difícil sobreviver.

Cuba tem água, a Palestina não.

Cuba manteve suas escolas, na Palestina sobraram poucas.

Cuba tem saúde de excelência.

Os cubanos compartilham as gerações que sobrevivem.

Na Palestina quase não há mais assistência, quase não há mais escolas.

Na Palestina, sobrou muito pouco das gerações, mas eles têm a força da tradição da história oral.


A tão sonhada paz

Cuba e Palestina provaram sua força, mas precisam mais. 

Muito mais.

Paz sem reconhecimento não é paz.

#FreeCuba

#FreePalestina

segunda-feira, 13 de janeiro de 2025

Muito cuidado: Trump vem aí...

Charge: NandoMotta/Brasil247


É a velha história da tragédia anunciada:

Todos, todas, todes podemos prever o futuro próximo.

Xenofobia, Racismo, Machismo, Autoritarismo, Segregacionismo. Discurso de Ódio. Violência Policial. Lucro. 

Está aberta a temporada de guerra.

Retórica ou real, em discursos e ações.

O #X da questão são as novas adesões ao político:

O primeiro, depois daquele que tem nome de perfume ruim, foi o "dono" do #Facebook, do #Instragram e do #Treads.

Ele chegou chegando, anunciou as novas diretrizes, desautorizou as agências de checagem, fomentando a divulgação da desinformação e aproximando-se dos "machoman". 

Sim, agora ele prega que as empresas assumam a postura do patriarcado, onde os homens se fortalecem para combater a união das chamadas minorias: as mulheres, os chamados lbgtqiapn+.

Só estou aguardando as investidas contra as comunidades da diáspora africana e amarela e todas as etnias não brancas e americanas do norte.

Parece um roteiro de ficção científica, daqueles bons, escritos por #IsaacAsimov, temperado pela suspende de #AlfredHitchcock.

Primeiro eles nos atraem, conquistando a nossa confiança com a promessa de um local seguro de livre expressão;

depois eles tomam os nossos dados e gostos, graças à lógica da programação, os tais algoritmos;

na sequência eles nos separam, fomentando a polarização;

finalmente eles nos identificam, marcam e tentam nos neutralizar.

Parece que estamos sempre correndo atrás do prejuízo, não é mesmo?


Cortem-lhe as #Trump etas


Crédito: reproduções web


As fronteiras físicas e virtuais estão cada vez mais fechadas, sobretudo nos "states", que preferem ignorar a riqueza da sua história migrante em busca do sonho colonizador, replicando a caça às bruxas, ops migrantes, ao mesmo tempo que sonham ampliar as fronteiras, investindo contra o México e a Nova Zelândia.

Mas, não podemos nos esquecer que as eleições na Bolívia, leia-se lítio e outros minérios -vem aí... Ano que vem  também as eleições no Brasil com Marçais, Bolsonaros, Tarcício e Gustavo Lima e Liras etc. e tal.

#FakeNews é estratégia.

Direita é o diabo que veste marcas.


o que cabe a nós, os fracos e pequenos? 

Não nos deixar oprimir.

Temos de ocupar os espaços para reverberar verdades e fazer valer a nossa lógica pelos direitos de toda a pessoa humana.

A guerra foi anunciada,

Nas nossas veias latinas o sangue corre.

Afinal, a essência sempre foi e será a luta de classes.

E tenho dito.



sexta-feira, 10 de janeiro de 2025

Pepe Mujica é imortal

 

Imagens: web

Impressionante como a trajetória de um homem transcende a própria vida:

tornando-se exemplo, referência.

O uruguaio José Alberto "Pepe" Mujica Cordano nasceu no Sul Global, em 20 de maio de 1935, mas seu nome ultrapassou as fronteiras.

Um latinoamericano que ousou oferecer o próprio corpo e alma em prol da Justiça Social.

Um homem que padeceu as dores do imperialismo, do reacionarismo.

Trabalhou naquilo que acredita, sem abrir mão de nada que fosse apenas seu.

A simplicidade.

A fé.

A resiliência.

A coragem.

Em vida, #PepeMujica lutou contra a morte.

A sua, não permitindo aos seus algozes que lhe cerceassem a vida.

Nas ruas, protegendo os direitos e a vida dos demais.

Mas, a morte vem... pois é natural aos homens, mesmo aos heróis.

E o gigante nos ensina mais uma vez.

Lidando contra a doença, ele se engajou para a preservação daquilo que acreditava para passar o bastão da democracia em seu país.

Tarefa cumprida, ele foi a público dizer:

Deixem o guerreiro descansar.

O homem, que sempre privou pela sua vida doméstica, pela sua rotina, pelo seu cotidiano quer tranquilidade para morrer.

A transparência de um ser raro...

Pepe Mujica anunciou que está morrendo


E pediu privacidade.


"Hasta acá llegué.

Lo que quiero

es despedirme

de mis compatriotas"


Em sua entrevista final, publicada ao jornal uruguaio #Búsqueda, ele pede desculpas:

pede aos médicos que não o façam sofrer mais;

sugere que a América Latina sofre riscos, 

anuncia querer viver seus últimos dias tranquilamente ao lado de sua companheira de vida, Lúcia, 

e ser enterrado ao lado dos restos da cadela Manuela.

Sobretudo, pede o diálogo com os divergentes, como ensinou outro imortal, #Paulo Freire:


"É fácil respeitar aqueles que pensam parecido com você, mas você precisa aprender que o fundamento da democracia é o respeito aos que pensam diferente"


Todos, todas, todes que admiramos Pepe Mujica choramos, e lamentamos, mas aceitaremos a sua decisão.

honraremos a sua memória.

Só não me peça para não verter lágrima, presidente. 

Eu não sou capaz.

Obrigada por tanto.

 

 

segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

O cinema antecipa ou resgata a História


Fotos: reprodução web

No domingo, 5 de janeiro, fui dormir impactada após assistir a um filme que relatou o início da ascensão do nazismo e o seu líder maior.

Segunda, Dia de Reis, dia de desmontar a decoração natalina, acordei com a feliz notícia da premiação de #FernandaTorres, no #GlobodeOuro 2025.

O que os filmes têm em comum?

A capacidade de desvelar realidades, antecipando ou resgatando-a.



O primeiro, The Mortal Storm, na tradução para o português, Tempestades D'Alma, denunciava, em 1940, o que talvez tenha sido a página mais infeliz da história da humanidade. Ele relata do momento em que #AdolfHitler é nomeado chanceler da #Alemanha ao crescimento do #nazismo, como a praga que cresceu nas mentes como erva daninha que mata.

O segundo, Ainda Estou Aqui, rememora como o nacionalismo perverteu as mentes de uma nação, mas que teima em repetir, meio século depois, a perversidade de parte de sua sociedade que exclui àqueles que ousam pensar coletivamente. 


As duas tramas acontecem no centro de uma casa de uma família

A primeira, vive a miscigenação ideal, até que a tal perfeição ariana corrói os relacionamentos. O patriarca, um professor e intelectual, tem a vida transformada no dia em que celebra 60 anos. 

Uma das cenas mostra quando os alunos, que antes o veneravam, reagem abandonando a sala de aula quando ele tenta demonstrar, cientificamente falando, como não há diferença entre os sangues da raça humana.  Mas, é na próprio lar que ele testemunha o mundo ideal que havia criado sucumbir,  e a alegria da rotina familiar se transformar ideologicamente.

A segunda também vivia uma realidade feliz, até que a Ditadura Militar altera a dinâmica doméstica, tragicamente. O patriarca desaparece para nunca mais. A matriarca desponta resistente e faz história.

Se no primeiro filme os protagonistas são o casal de amigos cuja relação não tem um final feliz, no segundo a felicidade está exatamente na união da família, que se manteve fiel às diretrizes ideológicas.

Se o primeiro foi catalogado como um filmes de amor, o segundo é um filme histórico, quando a resistência de #EunicePaiva foi documentada aos olhos de seu filho, o jornalista #MarceloRubensPaiva no livro  #AindaEstouAqui .

O primeiro filme me chocou demasiado. Sobretudo a cena onde um outro professor é covardemente espancado pelos estudantes nazistas, alunos do curso de Medicina. 

Quando o amor , a admiração, a convivência, a diversidade se transformou em ódio, a aventura da fuga salvou tantos, embora tão poucos...

O segundo prova que resistir é preciso.

Ouvir Fernanda Torres falar que o cinema é arte que faz até mesmo o Português do Brasil ser ouvido e discursar no centro do Norte Global dias antes da posse de Donald Trump é libertador.

Vivemos no Brasil, hoje, tempos antagônicos. A liberdade conquistada a tão duras penas, os avanços sociais, a estabilidade política estão em risco. 

Vejo ameaças por todos os lados.

As famílias brasileiras ainda sofrem as mazelas da nossa história recente de retrocesso.

Os golpes de 1964, 2016 e de 2023 não podem ser esquecidos.

Ao mesmo tempo, o genocídio se repete em #Gaza, na #Cisjordânia, nas ruas do #Brasil .

Que muitos outros filmes denunciem as atrocidades, sobretudo os perigos eminentes, à exaustão.

Pela Verdade, Memória, Justiça

Veja uma cena de #TheMortalStorm em:

#TheMortalStorm

Assista o clip oficial de "AindaEstouAqui

#AIndaEstouAqui

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Libertem o Dr. Hussam Abu Safiya

Fotos: reprodução Instagram

Os que temos olhos para a #TerraSanta, acompanhamos a dor de um povo que sofre a limpeza étnica.

Há que prefira acreditar que são "terroristas", e torcem pelos algozes, sob justificativas vis.

Há mais de um ano, desde o dia 7 de outubro de 2024, o exército de #Israel massacra um povo: civis, crianças, jovens e mulheres são a maioria dos mortos.

Também há jornalistas, ativistas...

Primeiro #Gaza, depois a #Cisjordânia e agora a guerra avança sobre os países árabes.

Há poucos dias, as tropas destruíram o último hospital que resistia minimamente operável: o Hospital Kamal Adwan, ao norte de Gaza.

Nele, um médico, Dr. Hussam Abu Safiya, tentava minimizar as dores dos feridos, amputados, órfãos e recém-nascidos. 

Sem recursos, 

Com humanidade.

Ele mesmo sofreu ao sentir o peso do filho morto num ataque israelense...

Mesmo assim ele conduzia uma equipe de mártires da saúde.

Desde que o hospital foi destruído, o médico está preso numa das prisões de Israel.

Segundo relatos, a mais cruel: onde a tortura é prática.

Qual foi o crime de #Drhussamabusafiya ?

Ser médico.

Ser humano.

Resistir ao #holocausto.

A #ONU e parte da comunidade internacional exige a libertação do médico.

Nas mídias sociais a manifestação é crescente.

Há manifestações até mesmo nas ruas de Israel, por ativistas israelenses  que não conjugam o verbo odiar.

Não queremos um herói.

Queremos Dr. Hussam Abu Safiya vivo.

Para somar na luta pela vida dos desprezados do mundo.



Fortaleça esta mobilização seguindo:

@dr.hussam73





Vivemos numa democracia, os brasileiros

Ilustração: #Fragadesenhos O ex-presidente da República do Brasil, #Jair0Bolsonaro, foi às ruas, na capital paulista, para se pronunciar. Fe...