Fotos: reprodução web |
No domingo, 5 de janeiro, fui dormir impactada após assistir a um filme que relatou o início da ascensão do nazismo e o seu líder maior.
Segunda, Dia de Reis, dia de desmontar a decoração natalina, acordei com a feliz notícia da premiação de #FernandaTorres, no #GlobodeOuro 2025.
O que os filmes têm em comum?
A capacidade de desvelar realidades, antecipando ou resgatando-a.
O primeiro, The Mortal Storm, na tradução para o português, Tempestades D'Alma, denunciava, em 1940, o que talvez tenha sido a página mais infeliz da história da humanidade. Ele relata do momento em que #AdolfHitler é nomeado chanceler da #Alemanha ao crescimento do #nazismo, como a praga que cresceu nas mentes como erva daninha que mata.
O segundo, Ainda Estou Aqui, rememora como o nacionalismo perverteu as mentes de uma nação, mas que teima em repetir, meio século depois, a perversidade de parte de sua sociedade que exclui àqueles que ousam pensar coletivamente.
As duas tramas acontecem no centro de uma casa de uma família
A primeira, vive a miscigenação ideal, até que a tal perfeição ariana corrói os relacionamentos. O patriarca, um professor e intelectual, tem a vida transformada no dia em que celebra 60 anos.
Uma das cenas mostra quando os alunos, que antes o veneravam, reagem abandonando a sala de aula quando ele tenta demonstrar, cientificamente falando, como não há diferença entre os sangues da raça humana. Mas, é na próprio lar que ele testemunha o mundo ideal que havia criado sucumbir, e a alegria da rotina familiar se transformar ideologicamente.
A segunda também vivia uma realidade feliz, até que a Ditadura Militar altera a dinâmica doméstica, tragicamente. O patriarca desaparece para nunca mais. A matriarca desponta resistente e faz história.
Se no primeiro filme os protagonistas são o casal de amigos cuja relação não tem um final feliz, no segundo a felicidade está exatamente na união da família, que se manteve fiel às diretrizes ideológicas.
Se o primeiro foi catalogado como um filmes de amor, o segundo é um filme histórico, quando a resistência de #EunicePaiva foi documentada aos olhos de seu filho, o jornalista #MarceloRubensPaiva no livro #AindaEstouAqui .
O primeiro filme me chocou demasiado. Sobretudo a cena onde um outro professor é covardemente espancado pelos estudantes nazistas, alunos do curso de Medicina.
Quando o amor , a admiração, a convivência, a diversidade se transformou em ódio, a aventura da fuga salvou tantos, embora tão poucos...
O segundo prova que resistir é preciso.
Ouvir Fernanda Torres falar que o cinema é arte que faz até mesmo o Português do Brasil ser ouvido e discursar no centro do Norte Global dias antes da posse de Donald Trump é libertador.
Vivemos no Brasil, hoje, tempos antagônicos. A liberdade conquistada a tão duras penas, os avanços sociais, a estabilidade política estão em risco.
Vejo ameaças por todos os lados.
As famílias brasileiras ainda sofrem as mazelas da nossa história recente de retrocesso.
Os golpes de 1964, 2016 e de 2023 não podem ser esquecidos.
Ao mesmo tempo, o genocídio se repete em #Gaza, na #Cisjordânia, nas ruas do #Brasil .
Que muitos outros filmes denunciem as atrocidades, sobretudo os perigos eminentes, à exaustão.
Pela Verdade, Memória, Justiça
Veja uma cena de #TheMortalStorm em:
Assista o clip oficial de "AindaEstouAqui
amei!!
ResponderExcluirObrigada pela leitura atenta, e feedback motivador, Amanda!
ResponderExcluirA Sra. Dona História registra os passos da Sra Humanidade para que esta não repita seus erros. E a pergunta fica: Quem paga?
ResponderExcluirNós, Evandro. Nós pagamos, sobretudo pela desumanidade.
ResponderExcluirO coração se emociona aqui com suas palavras.
ResponderExcluirBenditos sejam os corações capazes de emocionar-se
ResponderExcluirAdorei!
ResponderExcluirsua opinião é muito importante para mim, Marcelo.
ExcluirAdriana, sempre Adriana. Atenta e perspicaz, traça um instigante paralelo entre dois filmes, dois momentos da história recente da humanidade.
ResponderExcluirOxalá mais pessoas vejam estes e tantos outros filmes desveladores, Alcir.
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