Imagem: reprodução web |
Permitam-me chorar um pouquinho...
Pelas vidas de:
Bernardo Cunha Machado, 5 anos;
Bernardo Pabest da Cunha, 4 anos;
Enzo Marchesin Barbosa, 4 anos;
Larissa Maia Toldo, 7 anos.
Não dá para entender como quatro crianças, "protegidas" numa unidade de cuidados infantis para que suas mães (pais, avós) possam trabalhar, sucumbem à golpes de machadinha?
A sociedade brasileira, em sua violenta ignorância, estaria cultivando anjos? Que futuro almejar, quando as vidas são ceifadas na primeira infância?
Estamos em guerra. Guerra contra a fome, contra o desemprego, contra a intolerância, contra a corrupção, contra a mentira institucionalizada. Contra a violência cultivada na apologia dos que andam armados.
Uma guerra em tempo de paz. Mas, que paz?
Como mãe, como ser humano, confesso que não há palavras para minimizar a dor que atinge (parte) a sociedade brasileira. Como transformamos o "Brasil abençoado por Deus" numa terra intolerante?
Não, não são os comunistas em ação. É (parte) do povo brasileiro produzindo o ódio, a exclusão. O resultado é a violência.
Não importa quem e o que motivou o assassino, se é um adolescente, um jovem doente, um adulto desesperado, um matador profissional, um policial. O perigo não está na rua, ele está dentro das casas. Nas escolas. Em toda parte.
Como reverter esse cenário caótico? Como fazer do Brasil novamente a "Terra de Nosso Senhor"?
Quatro crianças inocentes morreram, cinco foram feridas, 31 correram risco de vida. Nove famílias vivem o horror. Dezenas de adultos, dentre professores, funcionários, parentes, vizinhos choram a dor do desamor.
A violência contra a pessoa humana vem se tornando frequente, física e emocionalmente, na "terra brazilis". Até quando iremos nos resignar? Corremos o risco de nos acostumarmos?
Não tenho respostas, só lágrimas e dúvidas.
Com que armas você luta?
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