domingo, 12 de novembro de 2023

A Terra prometida é aqui

Crianças palestinas manifestam-se pedindo a paz
(Fotos: reprodução Internet)


Hoje era para ser um dia alegre: finalmente o grupo de brasileiros e seus familiares, retidos como reféns pelo governo de israel (isso mesmo, em letra minúscula), na fronteira entre #Gaza e o #Egito, finalmente puderam "atravessar".

Numa analogia, foi como se #JesusCristo tivesse aberto as águas, ou um portal para a nova vida.

Dois brasileiros preferiram ficar, mesmo correndo risco de sede, de fome,  de mutilação, de morte.

Eles não quiseram se separar das suas famílias. 

A dor da separação -e certamente a angústia decorrente desta- foi maior do que os horrores da guerra.

Há notícias de que os palestinos têm preferido ficar juntos, na esperança de se ajudarem nessa luta pela sobrevivência, ou serem enterrados juntos.

Impossível, para mim, não remeter ao filme "A Escolha de Sophia", um judia que, manipulada pelo seu algoz, um discípulo de Hitler, teve de escolher qual dos dois filhos salvaria da barbárie dos campos de concentração.

 Ao longo deste último mês, vimos uma novo tipo de ódio aflorar no Brasil, num prolongamento do que vivenciamos desde o golpe contra a presidenta #DilmaRousseff, aguçado nos últimos quatro, quando a polarização se fez de fato. 

O brasileiro que aprendeu a cultuar Israel, pelo olhar da família Bolsonaro,  nem ao menos saber distinguir o povo do Estado.

E a indústria da desinformação é munição para construções de narrativas e até mesmo para tentativa de um novo golpe, frustrado, pois desvelado.

Quem se informou sabe...

Matar, Exterminar.

É isso que acontece na #Palestina desde que dois estados deveriam ter sido criados, mas um foi avançando sobre o território do outro e se acha no direito de praticar uma limpeza étnica.

Não há lugar para a "Casa Comum", na #Palestina.

Nesta guerra, se o mais forte pega, ele mata; se não pega,  mata de fome; se pega vivo pega, cerceia todos os direitos.

O mundo assiste perplexo como numa torcida fictícia, onde o colonizador exerce os seus direitos frente aos povos originários, mesmo que, nesse caso, a história se confunda entre quem chegou primeiro...

Felizmente, boa parte do povo judeu, espalhado em comunidades no mundo todo, pensa diferente e cada dia mais manifesta a sua posição.

Quatro mil crianças palestinas assassinadas em Gaza, dez mil vidas ceifadas ao longo de um mês.

O futuro de um povo corre risco de extinção.


Enquanto isso, eu espero ver os rostos de felicidade dos brasileiros ao pisar em nosso país,  resgatados na versão moderna da Arca de Noé: o avião do governo Lula.

Mas, não deixo de pensar nos que ficaram.

Que, um dia, eles também possam ser recebidos, junto às suas grandes famílias, para celebrar a paz.

#FreePalestine





2 comentários:

  1. É como o atravessar o novo "Mar Vermelho" rumo à nova "terra prometida" chamada Brasil. É triste muito triste de saber que tudo isto é o reflexo de quem não chegou a realidade do Jesus de Nazaré, onde o que importa é o Amor ao Próximo.

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  2. Pensei exatamente nisso, Evandro. Precisamos resgatar o "humano em nós".

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